Brasil

Polícia prende em SP o 27º integrante de quadrilha desbaratada na Operação Dublê

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado), com o apoio do Gaeco/SP e do COE (Comandos e Operações Especiais), da Polícia Militar de São Paulo, cumpriram, em São Paulo (SP), um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva da 1ª Vara Criminal de Dourados, em continuidade às investigações da Operação Dublê, deflagrada no dia 27 de novembro de 2014, relembre aqui.

A ação ocorreu na quarta-feira (24) e o nome do envolvido não foi divulgado.

As investigações desenvolvidas em 2014 com o apoio do DOF evidenciaram a existência de organização criminosa voltada ao tráfico de drogas atuante na região de Dourados e no município fronteiriço de Coronel Sapucaia, de onde eram enviadas drogas para outros Estados da Federação, primordialmente São Paulo e Goiás, em veículos de origem ilícita.

A organização criminosa utilizava-se de veículos de origem ilícita, produtos de roubo, furto e/ou estelionato, que tinham seus sinais identificadores adulterados, dentre eles, as placas, chassis e marcação de vidros, conhecidos como "dublês" para o transporte de drogas entre os Estados da Federação.

A ação penal proposta contra 26 pessoas por associação para o tráfico e outros crimes tramita na 1ª Vara Criminal de Dourados, que recebeu denúncia ofertada contra o 27º integrante da organização criminosa e decretou-lhe a prisão preventiva, eis que se trata de um dos distribuidores de maconha no Estado de São Paulo, que negociava com integrantes do PCC, entregando-lhes a droga e recebendo veículos furtados ou roubados como parte do pagamento.

Operação Dublê

A Operação foi realizada para prender integrantes de uma quadrilha suspeita de usar carros de luxo para transportar drogas do Paraguai para estados do Brasil.

Foram cumpridos mandados de prisão preventiva, dentro e fora de presídios, em Goiânia, São Paulo (SP), Aparecida de Goiânia (GO) e Barrinha (SP), além de mandados de busca e apreensão, de sequestro de veículos e de sequestro de imóveis.

A investigação do Gaeco começou com as informações de que um goiano, estabelecido em Coronel Sapucaia, fornecia mais de duas toneladas de maconha por mês para o estado de São Paulo. Após ser identificado, o suspeito foi morto, mas familiares dele continuaram na chefia tráfico.

A quadrilha, além de fornecer e transportar o entorpecente, também chefiava um grupo de pessoas que roubava caminhonetes e carros de luxo. Os veículos, conhecidos como "dublês", porque tinham placas e chassis adulterados, eram utilizados para o transporte das drogas.

Segundo o Gaeco, alguns veículos roubados eram levados em caminhões cegonha, misturados a outros veículos, para não levantar suspeitas.

Nas estradas, a quadrilha mantinha "olheiros" que avisavam os suspeitos que levavam a maconha sobre a presença da polícia nos locais. A logística do transporte, muitas vezes, era coordenada por presos e negociada dentro dos presídios, por celular.

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