MAUS TRATOS

Recreadora diz ter sido demitida após denunciar colega por maus-tratos

A ex-recreadora Iara Freitas da Silva, de 35 anos, afirma ter sido demitida do Ceinf (Centro de Educação Infantil) Maria Cristina Ocáriz de Barros, localizado no Jardim Tijuca II, depois de denunciar uma colega de trabalho por maus-tratos. Um VÍDEO gravado por ela mostra a suposta agressora 'jogando' as pernas de duas das crianças enquanto as meninas dormiam.

Conforme os relatos, a denúncia foi feita na Semed (Secretaria Municipal de Educação) em maio deste ano e a suposta agressora, identificada apenas como Jucelma, foi demitida. Iara afirma que depois disso passou a ser perseguida pela diretora do local e algumas colegas de trabalho.

"Elas começavam a fazer piadinhas falando para tomar cuidado porque estavam sendo filmadas. A diretora parou de falar comigo. Se eu precisava conversar sobre algo do Ceinf, ela me ignorava como se eu não estivesse lá", afirma.

Pouco mais de um mês depois de registrar a denúncia na Semed, Iara foi demitida. Ela garante que a demissão não está relacionada à determinação judicial que obriga o desligamento de mais de 4,3 mil trabalhadores por conta de irregularidades contratuais apontadas por meio do MPE (Ministério Público Estadual). "Eles não me demitiram por causa da determinação judicial. Me demitiram por conta da denúncia", frisa.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou falar com a presidente do Senalba-MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional do Estado), Maria Joana Barreto, mas não conseguiu contato.

Um email também foi encaminhado para a assessoria de comunicação da Prefeitura para saber o posicionamento a respeito das informações, no entanto, até o fechamento deste texto não houve retorno.

Demissões Omep e Seleta

As denúncias de irregularidades nos contratos com a OMEP (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária) são antigas. Em 2011, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), renovado por duas vezes, foi firmado a fim de sanar o problema, no entanto, foi descumprido pelos gestores municipal.

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