SAÚDE

Mulher de 27 anos descobre que terá Alzheimer em 15 anos

Uma das doenças mais devastadoras e temidas por seus sintomas e consequências é o Alzheimer. A condição, além de ser incurável vai se agravando com o tempo. Receber um diagnóstico como esse certamente não é uma situação fácil, mas já imaginou se você descobrisse isso antes dos 30 anos?

Jayde Greene, de 27 anos, recebeu essa noticia há um mês. Após fazer um teste, ela descobriu que tem o mesmo gene que provocou Alzheimer em seu pai e provou sua morte prematura aos 52 anos.

Apesar de não ter desenvolvido os sintomas, os médicos afirmaram que eles podem aparecer entre os 42 e 45 anos. Jayde, que é casada, trabalha como enfermeira e tem um filho que ainda é bebê conta que quando recebeu a notícia ficou desolada, mas logo começou a pensar no seu filho.

"Tenho 15 anos para fazer a diferença. Se pudermos encontrar uma maneira de parar os efeitos da doença, talvez eu tenha a chance de ver um filho crescer", disse ela ao Daily Mail. Enquanto isso, a britânica está passando o máximo de tempo com a família, registrando memórias com todos.

Um dos maiores medos dela é que seu filho, que tem poucos meses de vida, também tenha nascido com a mesma condição. "Não quero que ele tenha que lidar com o que eu tive que lidar quando convivi com meu pai e meus tios", lamenta.

Fatores de risco

A notícia chegou quando a enfermeira já tinha decidido fazer o teste. Depois de ter vivido com o pai, que foi diagnosticado com a condição precocemente também, apresentando sinais de demência antes dos 50 anos.

"Ele começou a ficar esquecido, com a fala prejudicada e se assustava com frequência. Os médicos não reconheceram sua forma particular de Alzheimer, mas, posteriormente, descobriram que era uma mutação genética muito rara a causa desse início precoce", contou Jayde.

Outros três tios da britânica também tiveram a doença. Apesar de não ter tido muito interesse em tocar nesse assunto, ela decidiu encarar a situação este ano e se decidiu em fazer exames que poderiam investigar se ela teria ou não a doença.

"Assim que entrei na sala, eu sabia que era uma má notícia - havia outro médico lá e eu podia sentir a vibração que viria algo ruim", contou Jayde sobre quando recebeu o resultado positivo do gene.

Tratamento

Além de ter criado uma página para arrecadar fundos para a Sociedade Britânica de Alzheimer, ela está participando de um experimento para tentar encontrar soluções para a doença. Os testes deverão durar quatro anos, e, apesar de não haver promessas sobre os resultados, Jayde está animada e feliz em poder colaborar para que, quem sabe, outras pessoas possam ser beneficiadas no futuro.

A doença, que acomete cerca de 44 milhões de pessoas no mundo todo e só tende a aumentar, de acordo com as projeções, ainda não tem uma definição concreta de sua origem. O que se sabe é que os declínios cognitivos começam aparecer geralmente na fase idosa da vida, e o caso de sintomas ainda na fase adulta, como de Jayde, é raro. Não há cura, e os remédios para Alzheimer geralmente não conseguem ser tão eficazes.

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