Na casa da Valéria Pereira Sedlacek, 38, do esposo Euclides e da Sophia de apenas 25 dias de idade, a sensação é de que praticamente nasceram de novo. Por volta de 21h de sexta-feira (20), a família passou um susto quando a bebê engasgou e os pais contaram com a ajuda de sargentos do Corpo de Bombeiros pelo telefone para ela ser salva. “Deus nos trouxe ela de volta”, disse a mãe.

Segundo Valéria, Sophia estava dormindo de ladinho, como deve ser, para poder “arrotar”. Ela arrotou, porém acabou afogando e isso a impedia de respirar. A mãe percebeu na hora que ela estava desse jeito e ficando roxinha.

Foi quando saiu correndo e bateu na porta do banheiro em que estava o marido. “Eu fiquei desesperada, estava morrendo junto com ela”, conta a mãe. O pai logo iniciou o procedimento que é recomendado, justamente, pelo Corpo de Bombeiros nessas situações. Colocou a bebê no colo, de bruços, com a região do peito dela na coxa dele e deu batidas nas costas.

Enquanto isso, a mãe muito aflita prontamente ligou para o Bombeiro. Quem a atendeu primeiro no telefone de emergência 193 foi o sargento Ocleir dos Santos Lima, que logo seguiu com a viatura para a casa da família. Ele passou o telefone para o sargento Uilsom Miguel do Nascimento que seguiu realizando o procedimento.

“Ela estava desesperada, chorando muito e contando que o marido estava com o bebê nos braços. Disse que ele estava com ela na coxa, porém não estava reagindo. Continuei orientando o que o marido precisava fazer e eles foram fazendo isso”, lembra Nascimento. Ele conta que quando a viatura chegou, a situação já estava estabilizada e Nascimento pôde ouvir a bebê chorando, sinal de que havia reagido.

Conforme a mãe, os bombeiros chegaram rápido e ela foi junto com Sophia até o Hospital Universitário. “Ela ainda não estava muito bem no caminho, mas os bombeiros foram fazendo os cuidados necessários, limpando ela e tirando os catarros que estavam no nariz”, relata.

No hospital, Sophia passou por atendimento médico e foi explicado à mãe que ela não teria sido salva, caso não realizasse os procedimentos com ajuda dos bombeiros. Foram feitos exames para saber se estava tudo bem e estava. Por volta de 23h, a família já estava em casa.

Para a mãe, é difícil conter a emoção de ver a filha viva. “Nossa estou aliviada, meu coração não aguenta não”, disse ela. Já para Nascimento, um dos bombeiros que a ajudou por telefone, a sensação é de dever cumprido. “A gente fica satisfeito em saber que salvou uma vida com nosso trabalho”, disse ele.

A orientação para pais que passam por essa situação é imediatamente ligar para o Corpo de Bombeiros através do telefone de emergência 193 e realizar o que é pedido pelo órgão, até que a viatura é deslocada. Esse trabalho realizado pelos radioperadores e as informações solicitadas, contribuem para que o socorro seja mais efetivo.

No início deste mês, o Leonardo Davi de apenas 26 dias de vida também havia sido salvo pelo socorro oferecido pelos Bombeiros através do telefone.