Cidades / Região

Pai e filho tramaram golpe e incêndio a caixa eletrônico em presidio de MS

Ao desarticular a quadrilha que tentou aplicar o "golpe do envelope em branco" e incêndio a um caixa eletrônico de Campo Grande, a Polícia Federal (PF) constatou que o crime foi tramado por pai e filho, de 49 e 26 anos, enquanto cumpriam pena em um estabelecimento penal de regime fechado. Ao G1, o delegado Marcelo Alexandrino, chefe da Delegacia Regional de Defesa Institucional, ressaltou nesta quarta-feira (7), que a dupla ainda contou com a ajuda de um suspeito de 29 anos, que entrou em contato com duas vítimas.

"As investigações começaram em maio deste ano e descobrimos que o golpe deles era muito bem elaborado. A princípio eles negociavam o carro e depositavam vários envelopes vazio, entregando em seguida o comprovante para as vítimas. Em seguida, eles diziam que uma terceira pessoa estava devendo um valor, sendo que repassaria a mais na conta das vítimas e que ela deveria entregar a diferença aos golpistas. A pessoa então, sem saber, era utilizada como laranja pelos golpistas", afirmou o delegado.

Isso tudo ocorreu em um intervalo de dois dias, já que em um dia o suspeito de 29 anos fez diversos depósitos em uma agência da Caixa Econômica Federal do bairro Aero Rancho, região sul da cidade.

No outro dia, um domingo à tarde, o suspeito de 26 anos ateou fogo no caixa eletrônico onde foram feitos os depósitos.

"Eles acreditavam que todos os envelopes seriam queimados por inteiro. Dessa maneira, ao entregar o comprovante para as vítimas, estas compareceriam ao banco para fazer a cobrança do dinheiro e repassariam a diferença para os golpistas. No entanto, grande parte dos envelopes não queimaram e nós conseguimos chegar até os envolvidos", finalizou o delegado.

Após a perícia, a polícia identificou os três envolvidos e os prendeu nesta quarta (7). Eles foram indiciados por estelionato, formação de quadrilha e incêndio, todos com a qualificadora por se tratar de uma instituição pública. As penas, somadas, podem chegar até a 18 anos de reclusão.

Alerta

Alexandrino ressalta que as pessoas devem tomar cuidado ao negociar veículos e eletrônicos, por exemplo. "A pessoa precisa entender que um simples comprovante de depósito já não significa que o dinheiro está na conta. Parece algo incomum, mas que ainda ocorre com muita frequência e por isso fizemos este alerta", finalizou o delegado.

Comentários