DOURADOS

Após prisão de coordenador, secretária designa responsável geral no Samu

Samu estava sem coordenador desde o dia 6 de novembro, quando a Polícia Federal prendeu médico na segunda fase da Operação Purificação, denominada Nessum Dorma Adsumus.

Médico que atuava como coordenador do Samu foi preso pela Polícia Federal (Foto: Divulgação/Prefeitura) Médico que atuava como coordenador do Samu foi preso pela Polícia Federal (Foto: Divulgação/Prefeitura)

A secretária municipal de Saúde de Dourados, Berenice de Oliveira Machado Souza, designou o médico Sandro Barreto dos Santos para atuar como responsável geral do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que estava sem coordenador desde o dia 6 de novembro, quando a PF (Polícia Federal) prendeu Renato Oliveira Garcez Vidigal na segunda fase da Operação Purificação, denominada Nessum Dorma Adsumus.

Essa mais recente designação foi tornada pública em edição suplementar do Diário Oficial do Município desta quarta-feira (27), através da Resolução/SEMS nº 59, de 18 de novembro de 2019, com efeitos retroativos a partir do dia 14 passado.

No dia 13 de novembro, por meio da Resolução/SEMS nº. 58, de 08 de novembro de 2019, com efeitos retroativos a 6 de novembro, Berenice revogou a designação do médico Renato Oliveira Garcez Vidigal para coordenador do Samu.

Na semana passada, o MPF (Ministério Público Federal) informou que a Justiça Federal em Dourados aceitou denúncia oferecida em conjunto com o MPE-MS (Ministério Público Estadual) contra cinco pessoas acusadas de desviar recursos públicos destinados à aquisição de alimentação hospitalar para pacientes internados e acompanhantes entre os anos de 2017 e 2018.

“Uma das pessoas envolvidas no esquema criminoso é Renato Oliveira Garcez Vidigal, secretário de Saúde do município de Dourados à época dos fatos”, revelou na publicação, segundo a qual “Renato e mais quatro pessoas, duas delas funcionárias da Secretaria de Saúde e uma gerente da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud), agiram em conjunto com o propósito de desviar recursos destinados à contratação de empresa especializada no fornecimento de alimentação hospitalar”.

“Para isso eles fraudaram processo licitatório, falsificaram documentos e subornaram empresa para que não participasse da licitação”, acusa o MPF.

Em recente entrevista, o advogado João Arnar Ribeiro, que atua na defesa de Vidigal, explicou que para justificar o mandado de prisão preventiva cumprido em 6 de novembro “o juiz disse que ele era chefe da repartição, da secretaria, e como chefe teria deixado de tomar certos cuidados”. “Mas na verdade não lhe eram inerentes porque o secretário de Saúde não tem gerência sobre a Funsaud [Fundação dos Serviços de Saúde de Dourados], o que acontece lá não diz respeito a ele”, pontuou.

“Os argumentos que ele utilizou não me convenceram e em razão disso estou pedindo ao próprio juiz que revogue o decreto de prisão. Se ele não revogar vou ao TRF 3 [Tribunal Regional Federal da 3ª Região] porque foi desnecessária a prisão, já que a lei prevê outras formas de assegurar o resultado útil do processo”, adiantou.

 

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