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Brasil registra 133 mortes em um dia e total chega a 800; país tem 15.927 casos confirmados

O número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 15.927 e o total de mortes chega a 800. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta quarta-feira. No último balanço do governo, na terça-feira, o total de infectados chegava a 13.717 e 667 mortes confirmadas.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 2200 casos novos. Em relação a terça-feira, o número de casos novos aumentou 16%. Em relação às mortes, foram registradas 133 óbitos nas últimas 24 horas. Na comparação com terça-feira, o aumento foi de 19.

Em uma semana, a taxa de letalidade, que é a proporção entre os casos confirmados e as mortes registradas, aumentou 42%. No dia 1º de abril, a taxa de letalidade da doença no país era 3,5%, ou seja: a cada 100 pessoas confirmadas com a doença, 3,5% morriam. Agora, a cada 100 pessoas com diagnóstico positivo para a Covid-19, 5 morreram.

De terça para quarta, houve um aumento de 16% no aumento do número de casos confirmados. O índice de crescimento diário já chegou a ser maior do que 20%. Mandetta demonstrou preocupação com o possível relaxamento nas medidas de distanciamento social, o que poderia elevar esse número.

— Ela [taxa de crescimento de 16%] reflete hoje o comportamento das duas últimas semanas. Como foram semanas em que diminuímos muito a mobilidade social, esse número vem se mantendo. Ele chegou a ser mais de 20% no começo. Ele tava andando a 25%, 26%. Isso que se chama diminuir a velocidade. Vejo que estamos começando a largar mão, nos grandes centros, que são os que nos preocupam, principalmente aquelas cidades. Nos preocupa, por exemplo, o Rio de Janeiro parece que hoje decidiu andar... Muito cuidado. Muito cuidado. Porque esse número, se andar, vai apontar ali, de 16% vai para 20, 25, 30, 50% num dia. Não tem sistema que aguente — disse o ministro.

São Paulo continua sendo o estado com mais casos diagnosticados e mortes em decorrência da Covid-19: são 6.708 e 428, respectivamente. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 1.938 casos e 106 óbitos.

Ceará é o terceiro estado com mais casos, com 1.291 e 43 mortes, número menor que o de Pernambuco, que tem 46 óbitos e 401 infectados. Amazonas aparece em quarto lugar, em relação à quantidade de pessoas diagnosticadas: 804 até o momento. O estado tem 30 óbitos e passou o Distrito Federal como local com maior taxa de incidência da doença no país. São 19,1 casos por 100 mil habitantes.

Amazonas, DF, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro são os estados que mais vêm preocupando o Ministério da Saúde, por terem taxas ao menos 50% superior à média nacional. Nesta quarta-feira, o Amapá também entrou na lista, ocupando a quinta posição, à frente do Rio.

O Sudeste continua liderando o número de casos no país. São 9.487, o que representa 59,6% do total. Em seguida vem o Nordeste, puxado pelo Ceará. A região tem 2.825 infectados. Depois vem o Sul (1.551), o Norte (1.222) e o Centro-Oeste (842).

Cerca de um em cada quatro mortos tinha menos de 60 anos, segundo dados de 655 dos 800 óbitos catalogados pelo Ministério da Saúde. Foram três vítimas com idade entre 6 e 19 anos, 38 na faixa de 20 a 39 anos e 112 na de 40 a 59 anos. O restante, 502 pessoas, tinham 60 anos ou mais (77% do total). Cerca de 75% dos mortos tinham comorbidades.

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