Brasil

Cronograma do pagamento do auxílio emergencial prevê última parcela em junho

Governo voltou atrás e decidiu não antecipar as parcelas

O governo decidiu retomar o cronograma original do auxílio emergencial de R$ 600 para os trabalhadores informais, prevista na lei, que citava o pagamento em três meses e vai cancelar a antecipação das parcelas do benefício. Pelo calendário já divulgado pela Caixa Econômica Federal, as três parcelas do benefício seriam pagas nos meses de abril e maio.

O novo cronograma vai durar os meses de abril, maio e junho, conforme disse o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ao participar de uma live ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

- Nós teremos pagamentos em abril, maio e junho da questão dos R$ 600, que é o auxílio emergencial – disse Guimarães.

O novo cronograma deve ser anunciado na próxima semana, assim que o Ministério da Economia autorizar o crédito extraordinário no valor de R$ 25,7 bilhões para o Ministério da Cidadania. A expectativa é que uma medida provisória com a liberação desses recursos seja publicada nesta sexta-feira.

Segundo o Ministério da Cidadania, as três parcelas do auxílio vão exigir um desembolso de R$ 32,7 bilhões cada uma e que já foram transferidos para a Caixa R$ 31,3 bilhões. Sem novos recursos, a Caixa restringiu o pagamento do benefício às famílias do Bolsa Família. A antecipação da parcela, prevista para esta quinta-feira,  foi cancelada.   

-  Não há a menor possibilidade deste governo realizar um pagamento sem que tenha dinheiro e esteja no Orçamento – disse Guimarães. 

No início da transmissão, Bolsonaro disse que trataria do "assunto do momento, o auxílio emergencial". Ele afirmou que a Caixa já pagou em torno de 33 milhões de pessoas e que o número de beneficiados foi além da expectativa, e que "alguns milhões" estão reclamando. Ele, então, passou a  palavra ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

- Foram mais de 45 milhões de pessoas que se cadastraram. Então nós estávamos esperando algo como 20 milhões, 25 milhões e já se cadastraram 45 milhões.  Então este é o maior ponto, ou seja, um volume muito grande de pessoas, e várias delas ainda não receberam a resposta porque está em análise por todo o grupo que está fazendo - explicou Guimarães.

Ele disse que nesta sexta-feira, a Caixa fará o pagamento do auxílio para mais 1,9 milhão de trabalhadores informais porque o banco recebeu uma verba do Ministério da Cidadania:   

-  Em primeira mão, nós recebemos o recurso do Ministério da Cidadania, então só assim que a gente anuncia, da primeira parcela de mais 1,9 milhão de pessoas, que são os informais. Nós tínhamos pago 13,1 milhões e aumentaremos para 15 milhões de pessoas. Este recurso será depositado na sexta-feira à noite. A partir do sábado as pessoas poderão retirar um volume de R$ 1,2 bilhão a mais.

A Caixa informou que pagou o auxílio para 33,2 milhões de pessoas, o que representa um volume total de R$ 23,5 bilhões. Desse universo, 10,5 milhões são trabalhadores que estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania; 13,1 milhões são informais que não aparecem nesse cadastro e 9,6 milhões são beneficiários do Bolsa Família.

Os pagamentos começaram no dia 09 de abril. Bolsonaro esclareceu que o pagamento da segunda parcela ocorrerá antes de 30 dias após o recebimento da primeira.

De acordo com último balanço da Caixa, foram finalizados 45,9 milhões de cadastros no aplicativo e site por trabalhadores que não estão inscritos no cadastro do governo e pleiteiam o auxílio.  Os dados estão sendo repassados aos lotes à Dataprev, empresa de processamento de dados do governo federal, para análise e liberação do pagamento.

Segundo Bolsonaro, o pente fino que está sendo feito deve chegar ao fim em até 10 dias.

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