O compromisso social do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região ficou em evidência no encerramento das atividades itinerantes que ocorreram nos dias 17 e 18 de abril, em Dourados. Além de um seminário sobre as questões indígenas e a realização de sessões itinerantes de julgamento e da Ouvidoria Itinerante, a Justiça do Trabalho em Mato Grosso do Sul repassou 60 computadores, 300 bolas de futebol, futsal e vôlei, 300 coletes, apitos e cronômetros para seis escolas das aldeias Jaguapiru e Bororó.

Os equipamentos de informática são provenientes do acervo do tribunal que, de tempos em tempos, é substituído por aparelhos mais modernos. O material será utilizado pelas escolas para que os alunos possam fazer aulas de informática.

O diretor da Escola Municipal Indígena Lacuí Roque Snard, que atende cerca de 150 crianças, disse que a doação chegou em boa hora. “Os alunos gostam muito de esporte, especialmente o futebol, isso os atrai para a escola e evita até a evasão escolar”, afirma o diretor Elias Moreira.

Segundo o desembargador João de Deus, gestor regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, o objetivo da doação é justamente incentivar a permanência dos estudantes nas escolas para que eles tenham uma profissão no futuro. “A Justiça do Trabalho tem um olhar não só de julgar, mas também de inclusão social. O objetivo é a inserção dos indígenas na comunidade”. Os materiais esportivos foram adquiridos com recursos de destinações trabalhistas de ações civis públicas, juntamente com o Ministério Público do Trabalho.

A líder guarani e professora da Escola Guateca, Janete Souza, agradeceu ao tribunal por ter olhado pelas crianças indígenas. “Os mesmos direitos que vocês têm aqui, nossos estudantes têm lá na aldeia. Os mesmos sonhos que vocês têm,  os nossos filhos também têm”, concluiu.

As escolas contempladas com a doação foram Ramão Martins, Francisco Meireles, Lacuí Roque Snard, Agostinho, Tengatui Marangatu e Ara Porã. Também participaram da cerimônia o presidente do TRT/MS, des. João Marcelo, o juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Dourados, Márcio Alexandre da Silva, e os diretores das escolas.