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Justiça Federal determina prisão de suspeitos de fraude de identidade para uso em sistema processual eletrônico

TRF3 identificou ação criminosa e comunicou a Polícia Federal, que desenvolveu a investigação

Foto: Divulgação/TRF3 Foto: Divulgação/TRF3

Por determinação da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, a Polícia Federal (PF) cumpriu hoje diligências em Campo Grande (MS) para a prisão preventiva de dois homens apontados como os responsáveis por uma ação hacker que pretendeu manipular processos no sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe).

A investigação da Polícia Federal foi iniciada a partir de relatórios de inteligência produzidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). Dois magistrados da Justiça Federal em São Paulo detectaram modificações em documentos, com uso fraudulento de suas assinaturas, e comunicaram imediatamente a corte, que identificou e neutralizou as ações criminosas no sistema.

Por meio de certificados digitais falsos e contas sequestradas, os homens tentaram obter vantagens pessoais e financeiras, entre outras manipulações, alterando nomes de beneficiários em levantamento de valores em processos com tramitação na Justiça Federal em São Paulo.

Os criminosos utilizaram tecnologias para evitar o rastreamento da navegação, mas a investigação da PF identificou os dois homens em Campo Grande. Um deles já foi preso e outro é considerado foragido. Seus antecedentes criminais incluem práticas semelhantes às investigadas na operação deflagrada hoje, denominada Escalada Cibernética. A PF realizou, também, busca e apreensão em endereços dos suspeitos.

Pela invasão aos sistemas da Justiça Federal, eles podem responder pelos crimes de uso de documento falso, furto qualificado e invasão de dispositivo informático. O processo tramita sob sigilo.

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