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Para evitar falta de água, Sanesul opera em atenção em 14 cidades de MS

Balsa com motobombas prontas para operar em caso de emergência (Foto: Saul Schramm | Governo de MS) Balsa com motobombas prontas para operar em caso de emergência (Foto: Saul Schramm | Governo de MS)

Meio Ambiente

Empresa responsável pelo abastecimento em 68 cidades de MS está utilizando motobombas para casos de emergência

A Sanesul, empresa responsável pela captação, tratamento e distribuição de água potável para 1,7 milhões de sul-mato-grossenses, está fazendo a captação superficial de água dos rios em 14 cidades do Estado para evitar desabastecimento.

Com a crise hídrica que atingiu principalmente o Pantanal, a empresa implantou em 2020 um plano de contingenciamento para 18 municípios onde era preciso uma atenção maior quanto a produção e garantia no abastecimento de água. Destas 14 estão sendo atendidas com a captação superficial dos rios por meio de bombeamento para as estações de tratamento.

Nos municípios de Corumbá e Ladário, ambos banhados pelo Rio Paraguai, a Sanesul monitora diariamente o comportamento dos índices fluviométricos, que chegaram a nível crítico, por isso a empresa tomou medidas preventivas para evitar a falta de água em qualquer situação de alerta. Para isso, uma balsa com cinco motobombas anfíbias foi colocada ao lado da estrutura de captação de água para a eventual emergência.

Conforme explicou o diretor-presidente da empresa, Walter Carneiro Junior, que caso o sistema de captação de água perca a capacidade de bombeamento, a um nível zero das escotilhas fixas, as motobombas são acionadas para, através de mangotes, abastecer a base da estrutura que recebe e lança a água para as estações de tratamento que ficam a 2,6 mil metros da captação e a um nível de 80 metros em relação ao rio.

“A crise hídrica exigiu da companhia planejamento, execução e operação para garantir o abastecimento, em especial em Corumbá, onde o Rio Paraguai ainda não entrou em recomposição de seus níveis normais, o que demandará um volume muito grande de chuvas, principalmente em suas cabeceiras. Estamos em atenção especial, durante 24h, nas regiões onde desenvolvemos o plano de contingenciamento”, afirmou Walter.

Pouca chuva – Na bacia do Rio Paraguai, as condições hídricas seguem críticas por conta do baixo volume de chuvas. Na última semana de outubro, a região registrou um acumulado de 27,7 milímetros de precipitação.

Em Ladário, a 426 km de Campo Grande, o nível do rio continua baixando, a última medição registrada na quinta-feira (4) foi de 0,19 centímetros negativos, com previsão de voltar a subir no final de novembro chegando a marca positiva de 0,70 centímetros.

 NO dia 16 de outubro, o nível de água no Rio Paraguai em Ladário, chegou a 0,60 centímetros negativos, segundo o Ministério de Minas e Energia, a segunda menor vazante em 121 anos da estação.  E, mesmo  com a tendência de elevação do rio, o nível continua na zona de atenção (abaixo da cota de permanência de 90%).

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