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Pesquisa mostra que planta aquática tem potencial produção de biocombustível

Artigo da pesquisa foi publicado em revista científica internacional da Nature - Crédito: Divulgação Artigo da pesquisa foi publicado em revista científica internacional da Nature - Crédito: Divulgação

Uma pesquisa em andamento, de docentes e acadêmicos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, resultou na publicação recente do artigo intitulado “Biodiesel production potential of Eichhornia crassipes (Mart.) Solms: comparison of collection sites and different alcohol transesterifications” na revista científica internacional Nature.

O trabalho descreve a potencial aplicação da planta aquática Eichhornia crassipes (Mart.) Solms para a produção de biocombustível. Os testes iniciais mostraram que o uso dos ácidos graxos retirados desta macrófita, cujo um dos nomes populares é Jacinto-de-água, resulta em um biodiesel de qualidade superior a exigida pelos parâmetros da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do Brasil.

O trabalho foi publicado na revista Scientific Reports, uma das revistas científicas da Nature, de classificação de Qualis A1 e fator de impacto de 4,6. A pesquisa é resultado, em sua maior parte, do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de uma acadêmica da Engenharia Ambiental, Aricely Aparecida Silva Leite, orientada pela professora Dra. Leila Cristina Konradt Moraes. Os dados do TCC foram ajustados e analisados estatisticamente para a publicação.

O trabalho contou com a colaboração dos alunos Thiago Luis Aguayo de Castro, João Paulo Aquino Correa e Luciana Vincenzi Weber, das pós-doutorandas Dra. Carmem Cícera Maria da Silva e Dra. Rosangela Maria Ferreira da Costa e Silva, além da professora Dra. Claudia Andrea Lima Cardoso.

O grupo continua as pesquisas atualmente avaliando a E. crassipes e outras macrófitas, em diferentes habitats, para a produção de biodiesel. A E. crassipes é nativa do Sul da América, tem alta capacidade de propagação em meios eutrofizados (ambientes com acúmulo de resíduos orgânicos ricos em carbono, nitrogênio e fósforo) e se adapta a diversos ambientes, sendo considerada uma possível solução para descontaminação de ambientes aquáticos por diversas pesquisas. 

 

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