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PRF invadiu quarto de motel atirando atrás de mulher e amante

Sangue na entrada do quarto de motel onde homem foi ferido a tiro (Foto: Paulo Francis) Sangue na entrada do quarto de motel onde homem foi ferido a tiro (Foto: Paulo Francis)

Capital

Homem ferido com tiro na boca estava nu e correu para a Avenida Cônsul Assaf Trad, pedindo socorro

O casal que foi alvo de policial rodoviário federal havia chegado há menos de 20 minutos ao motel onde houve tiroteio, na tarde desta sexta-feira (26), em Campo Grande. Conforme relatado por testemunhas à Polícia Civil, o PRF embicou o carro na rampa do portão de saída do estabelecimento, pulou portãozinho e entrou atirando no quarto onde estavam a mulher e o amante.

Segundo o delegado Marcelo Damasceno, da 2ª DP (Delegacia de Polícia), ainda não está claro se a vítima do sexo feminino, de 32 anos, ainda tinha relacionamento com o atirador, mas “tudo indica” que o pano de fundo do atentado é um “caso de traição”.

Duas marcas de tiros ficaram no Ford Fiesta prata onde estava o casal. O veículo estava na garagem de uma suíte luxo com hidromassagem. Além disso, o sangue logo na entrada do quarto é prova de que o homem, de 35 anos, baleado na confusão, foi pego de surpresa.

Ainda conforme narrado pelas testemunhas ao delegado, o ferido a tiros estava nu e correu para a Avenida Cônsul Assaf Trad, onde fica o motel, para pedir socorro. Já na via, deparou-se com viatura da PM (Polícia Militar) que passava pelo local. O Corpo de Bombeiros foi chamado e transportou o homem que levou tiro na região do maxilar para a Santa Casa de Campo Grande.

A mulher contou que levou tapas e coronhadas. Ela foi encaminhada para hospital particular e só depois, deve ir à delegacia para dar depoimento. Já o PRF, que estava em veículo de cor branca, fugiu e ainda é procurado pela polícia.

A reportagem também apurou que não é a primeira vez que o casal vai àquele motel.

Embora a 2ª DP tenha sido responsável pela apuração no local, a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) deve tocar investigação paralela, relacionada à violência doméstica.

PM e perícia também estiveram no motel, além de equipe da PRF que acompanhou os trabalhos.

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