DOURADOS

Após seis horas, selfies e comoção, “acorrentado” deixa o Fórum

Por volta das 14h, "acorrentado" deixou o Fórum, conforme funcionários do local - Crédito: Gizele Almeida Por volta das 14h, "acorrentado" deixou o Fórum, conforme funcionários do local - Crédito: Gizele Almeida

Logo pela manhã um homem que protestava acorrentado em frente ao Fórum de Dourados chamou a atenção e o ato durou até pouco depois das 14h. O Dourados News apurou junto a funcionários que fazem a segurança do local que Nelson Gonçalves da Cruz, 54, permaneceu preso a uma corrente na entrada da instituição durante seis horas e nesse período contou com pessoas que manifestaram apoio, outras que registraram selfies, até ao momento em que foi convencido aparentemente por um amigo a desistir do ato.

O feirante permaneceu na frente do Fórum por horas e não se “desacorrentou” nem mesmo para ir ao banheiro ou comer. 

Ainda conforme informações levantadas pelo Dourados News no local, ele foi surpreendido com pessoas que levaram água e maçã para ele durante sua mobilização. 

O sol atinge fortemente a fachada da instituição durante o início da tarde, o que conforme os funcionários, motivou que Nelson mudasse um pouco de lugar, mas continuando na parte da frente. 

Ainda conforme os funcionários do local, ele só desistiu do ato, após conversa com um homem que argumentava “o que tinha que ser feito já foi, agora a Justiça cuidará de tudo, você não precisa ficar aqui”. 

O caso

O feirante se posicionou “acorrentado” em frente ao Fórum em protesto contra a ex companheira e a Lei Maria da Penha. 

Ele afirma que ficou sem ‘teto’ após acusação de ameaça por parte da ex-mulher, a qual ele nega ter cometido. 

O homem afirma que a ex- companheira o traiu e que ele flagrou a situação.  

Desde então, contou ter sido acusado de ameaça e, por determinação da Justiça, foi informado que deve ficar distante 200m do local onde residia.

Nelson disse ter ido ao Fórum para saber como anda o processo, já que desde a decisão, precisou encontrar um local para morar e se arrumar em outro emprego. Além de comercializar produtos na feira, o comércio dele é anexo à casa de sua propriedade.

O homem foi preso no ano passado acusado por violência doméstica. Ele nega as acusações e disse não existir laudos comprovando isso, porém, por determinação judicial, existe uma medida protetiva para que fique distante da ex-mulher.

 

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