ASSEMBLEIA

Deputado Marçal alerta para abuso de crianças no período de isolamento social

Familiares e vizinhos podem ajudar a combater os abusos, diz Marçal Filho - Crédito: Luciana Nassar Familiares e vizinhos podem ajudar a combater os abusos, diz Marçal Filho - Crédito: Luciana Nassar

O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) alerta para os casos de violência sexual e maus tratos contra crianças e adolescentes durante o período de isolamento social, devido a pandemia do novo coronavírus. A maioria dos casos de violência ocorre no ambiente familiar, sendo praticados por quem tem o dever legal de proteger crianças.

Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente, o deputado chama a atenção para o Maio Laranja, mês de conscientização sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Mato Grosso do Sul é um dos estados com mais registro de estupros contra menores.

"A sociedade precisa estar atenta a qualquer mudança de comportamento da criança ou do adolescente, principalmente agora, que elas estão mais tempo em casa com os agressores e, ainda por cima, não tenham para quem denunciar caso sejam vítimas de violência, porque estão afastados da escola e sem receber visitas de familiares e amigos", alerta o parlamentar.

As escolas são essenciais no combate aos abusos por meio de denúncias, sobretudo de parentes que não moram com as vítimas, como avós, madrinhas e tias. Sem informações desses denunciantes, por estarem mais afastados por causa do isolamento social, especialistas de segurança temem a subnotificação.

Crimes como negligência, ameaça e violência psicológica também são preocupantes. Marçal Filho alerta que, quando as crianças e os adolescentes moram com pessoas violentas ou que usam da violência por causa de uma dependência química, por exemplo, o estresse causado pelo isolamento pode motivar novas agressões verbais e físicas.

Por isso, ele alerta familiares, vizinhos estar atento à mudança de comportamento das crianças e adolescentes diante de evidências de abuso durante o isolamento social. E ressalta que as denúncias devem ser feitas na polícia e que não há necessidade de comprovação para que seja aberta uma investigação sobre o caso.

 

 

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