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Esquema criminoso de roubos de veículos agia em família na Capital

Esquema criminoso que funcionava em família e fez dezenas de vítimas em Campo Grande, era formado por sete pessoas especializadas em roubos de veículos que, posteriormente, eram revendidos no Paraguai. Foram presos, ontem (13), Fábio Alves da Silva, 34 anos, apontado como chefe da organização, a esposa dele Elizabete Cristina Carvalho, 45 anos, o casal de filhos dela Thiago da Silva Robaldo, 24 anos, e Naiame da Silva Robaldo, 20 anos, e o sobrinho José Carvalho da Silva Robaldo, 22. Ainda, Mário Wesley Souza Moreira, também de 22 anos, e Carlos Alexandre Brasil Izidoro, 29.

De acordo com o delegado Cleverson Alves dos Santos, do Setor de Inteligência (Sig) da Polícia Civil, a quadrilha era monitorada havia cerca de dois meses e foi desarticulada a partir da prisão de Carlos Alexandre, ontem. “Recebemos informações de que ele levaria uma S10 roubado para o Paraguai e, com apoio de policiais rodoviários federais, o prendemos quando chegava em Sidrolândia”, disse a autoridade.

Na sequência, o restante da família que atuava a serviço do crime foi preso na casa onde morava, no Jardim Carioca, onde foi recuperada outra caminhonete, modelo Pajero, também com registro de roubo e apreendidas duas pistolas de calibres nove milímetros e 380. Além de munições e carregadores. Mário foi encontrado no Bairro Sílvia Regina.

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O delegado Cleverson conta que o grupo atuava de maneira organizada e com funções determinadas. “Fábio era o chefe do grupo e atuava no comando de roubos. Thiago, possivelmente, com José cometiam diretamente os crimes. Mário escondia os veículos em casa. As mulheres eram usadas, juntamente com um casal de crianças de seis e 10 anos, para dissimular transportes de veículos ao Paraguai em que fingiam viagem em família. Carlos também tinha a função de arrastador”, disse.

A polícia não tem o número exato de vítimas feitas pela organização criminosa, mas estima-se que sejam dezenas. A suspeita é que grande parte dos roubos de veículos ocorridos na Capital, neste ano, tenha sido praticada pelo grupo. “Estamos chamando vítimas para reconhecimentos”, pontuou Cleverson, destacando, ainda, que a quadrilha faz parte de uma facção criminosa.

ESTUPRO

A caminhonete S10 recuperada quando Carlos seguia ao Paraguai, havia sido roubada no último dia 11, de uma médica veterinária, de 28 anos, quando ela estacionava na Rua 13 de maio. Na ação, a mulher foi levada pelos bandidos e abusada sexualmente na frente do filho, de cinco anos.

Segundo relatos, durante o trajeto, Thiago que acompanhou a vítima no banco de trás enquanto José dirigia, baixou a blusa dela e passou as mãos em seus seios.

Os presos foram indiciados por roubo majorado pelo emprego de arma e restrição de liberdade da vítima, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação e Thiago, ainda, por estupro.

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