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Estudante acredita que Movimento PPL e prefeitura vão entrar em acordo

Em entrevista cedida do Dourados Agora na manhã desta quarta-feira Thiago Vieira, estudante membro do Movimento Popular Pelo Passe Livre (MPPL) que ocupa a Câmara Municipal há 20 dias, disse acreditar que a reunião agendada para esta quinta-feira com o prefeito Murilo Zauith, não será apenas mais uma simples conversa e que ambas as partes vão checar a um acordo.

“Eu espero que realmente consigamos adiantar as conversações com o executivo, pois já estamos aqui desde o dia 4 de julho e houveram pouquíssimos avanços nas negociações”, disse. O grupo ocupou o prédio do legislativo como forma de protesto contra a qualidade do serviço de transporte público do município oferecido atualmente pela empresa Medianeira.

Entre as reivindicações estão redução na tarifa de ônibus, atualmente em R$ 2,50, passe livre e municipalização do transporte. Ontem, no gabinete do prefeito houve reunião com portas fechadas que contou com representantes do MPPL, o presidente da Câmara, Idenor Machado, o procurador geral do município, Alessandro Fagundes Lemes, além de Murilo.

“Foi um encontro em que tivemos a oportunidade de darmos mais um passo em direção a um termo comum, mas nada disso aconteceu e ficou combinado este novo encontro para quinta-feira”, afirmou. O manifestante afirma que as ações deflagradas pelo grupo desde então têm causado certo incomodo nas autoridades locais que estão tendo que sair de sua zona de conforto.

“Acredito que estamos conseguindo chamar a atenção do poder público que está em uma situação em que não pode mais nos ignorar, pois isso pode ser desfavorável para sua imagem perante a comunidade, até porque temos recebido apoio de vários grupos que têm vindo até a Câmara protestar com a gente. Por outro lado, o poder público também tem a chance de poder dar uma resposta positiva e mostrar que está pronto para atender as reivindicações da sociedade”, destacou.

Recentemente houve rumores de que a administração municipal acionaria a Justiça reintegrar a posse da Câmara, entretanto a assessoria disse que esse assunto não foi levado adiante. "Somos pacíficos e vamos continuar aqui até que haja um acordo. Mesmo se houver reintegração de posse, vamos fazer de tudo para continuar aqui, mas sem exageros. Temos uma luta justa e não queremos violência", contou.

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