DOURADOS

Incêndio leva 8h para ser controlado e deixa rastro de destruição

do Dourados Agora

O incêndio de ontem com início às margens da BR-463, próximo ao trevo de Laguna Carapã, é considerado o maior já registrado na região de Dourados. A dimensão do perímetro tomado pelo fogo ainda não foi calculado, mas as chamas atravessaram vários sítios da região, ultrapassou o Rio Dourados e se aproximou do perímetro urbano de Dourados.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Joilson Alves do Amaral, o incêndio foi constatado por volta das 11h. "Uma guarnição que atendia ocorrência no Parque Alvorada viu uma grande fumaça vindo de um canavial. A partir daí a equipe de combate a incêndio se deslocou até o local e os trabalhos se estenderam até às 19h, quando as chamas foram debeladas", disse o comandante.

Há chances de outros incêndios de grandes proporções voltarem a ocorrer. "A geada forte secou muitas plantações e pastos na região e aliado a baixa umidade do ar, temperatura alta e vento, a possibilidade de novas ocorrências é considerada grande", alertou Joilson, esclarecendo que a população não deve, em hipótese alguma, atear fogo em terrenos baldios ou pastagem.

Uma prova disso é um incêndio ocorrido duas vezes nesta semana na região do Jardim Guaicurus. O primeiro foi registrado na terça-feira e o outro, ontem. Segundo o comandante, no incêndio desta quinta-feira foram utilizados mais de 350 mil litros de água para conter as chamas e um total de 15 caminhões pipa, dos Bombeiros, da Prefeitura e de usinas da região.

Uma forma de evitar grandes incêndios, na zona rural, é o acero - vegetação removida para evitar a passagem do fogo. Segundo o comandante, algumas propriedades da região adotaram a técnica, porém essa passagem não tinha tamanho suficiente. "Na zona rural o ideal é que o acero tenha no mínimo três metros de largura", explica o comandante. As aberturas do acero podem ser feitas com tratores.

Mortes

O incêndio causou vários estragos. Plantações de cana-de-açúcar e de milho foram devastadas e dezenas de cabeças de gado morreram. Somente no sítio Boa Vista, do produtor rural Walter Beloto, aproximadamente 40 bois morreram. O prejuízo é de pelo menos R$ 200 mil

O homem encontrado morto às margens da BR-463 é identificado apenas como Josias. Ele é do estado do Pernambuco e estaria há pouco tempo em Dourados. O barraco que ele vivia foi consumido pelas chamas.

Um assentamento de indígenas desaldeados naquela região também foi destruído, porém não há nenhum registro de feridos.

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