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Justiça manda retirar o nome “Estrela” de 16 bairros de Dourados

Dourados Agora

Decisão do juiz Plácito de Souza Neto, da 3º Vara Civil de Dourados, determina a retirada do nome “Estrela” de 16 residenciais de casas populares do município. Além disso, todas as placas de 18 veículos da Prefeitura de Dourados com o número 13 terão que ser substituídas.

O município terá que re-emplacar os automóveis de acordo com a ordem numérica crescente disponibilizada pelo Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran).

A implantação dos residenciais populares e a aquisição dos veículos com o número 13 ocorreu na gestão do então prefeito de Dourados Laerte Tetila (PT), hoje deputado estadual. De acordo com a decisão, que é de primeiro grau, houve caracterização de promoção pessoal e partidária. O Judiciário determinou o pagamento de todas os custos que a Prefeitura terá para substituir as placas dos veículos.

Também deverá ressarcir os custos em que a municipalidade poderá ter para retirar a palavra “Estrela” dos bairros: Estrela Hory, estrela Poravi I e II, Estrela Verá, Estrela Ara Poty I e II e III, Estrela Yvaitê, Estrela Pytã, Estrela Itamarim e Estrela Kairós I e II. Os novos nomes terão que ser escolhidos pela administração municipal, seguindo o critérios que não impliquem em promoção pessoal de qualquer agente público ou partido político.

OUTRO LADO O deputado Laerte Tetila diz que está tranquilo em relação à decisão e que já está recorrendo desta. Ele conta que, quando prefeito de Dourados, implantou mais de 30 conjuntos habitacionais com nomes diversos que homenageiam a todos os povos.

No caso dos bairros em questão, ele explicou que trata-se de uma reverência aos povos indígenas e paraguaios que moram em Dourados.

“São mais de 15 mil guaranis-kaiowás e 50 mil paraguaios residindo em nossa cidade. Aqui existem homenagens a nordestinos, japoneses, italianos, e tantos outros. Não entendo porque somente a comunidade paraguaia e indígena não pode ser homenageada”, destaca.

Segundo ele, a palavra “Estrela” foi escolhida porque é um símbolo de caráter universal de todos os povos e se este nome também fosse mantido na língua guarani não haveria fonética, ou seja haveria dificuldades na pronúncia. Em relação às placas de número 13, o atual deputado acredita houve uma coincidência.

“Na nossa gestão como prefeito garantimos mais de 100 veículos. Destes, 18 consta o número 13, que poderia ser 15, ou em coincidência com outros números de qualquer partido. Minha função, enquanto prefeito, era o de bem administrar a cidade de Dourados, e foi o que fiz . Com tantas funções para administrar, com tantos investimentos que trouxemos, como a UFGD, além de um desenvolvimento que foi um divisor de águas na história de Dourados, alguém acha que eu teria tempo para direcionar placa de carro?”, indagou.

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