EM DOURADOS

Manifestantes reafirmam que só deixam a Câmara se houver acordo

Os integrantes do Movimento Popular pelo Passe Livre (MPPL) reafirmaram hoje (16) que não têm intenção de desocupar a Câmara de Dourados até que haja um acordo com as autoridades do município. O grupo luta por melhorias no transporte público (serviço oferecido pela empresa Medianeira) como a redução da tarifa, passe livre e municipalização do setor.

Em nota divulgada na página oficial do MPPL no Facebook, os manifestantes alunos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), declararam que há desinteresse em negociar por parte do poder público e que inclusive foi agendada uma reunião, mas as autoridades não compareceram.

Segundo relatou o grupo, na manhã de ontem (15), o procurador geral do município, Alessandro Lemes Fagundes, entrou em contato para que as negociações tivessem início. A proposta era que os estudantes formassem uma comissão, deixassem a Câmara e depois se reunissem com representantes da prefeitura para debate na sede seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em Dourados (OAB/MS).

Considerando que o local não era ‘neutro’, os membros do Movimento decidiram transferir o encontro para o bloco de Direito e Relações Internacionais (Fadir/UFGD). O evento deveria ter acontecido nesta manhã, porém o poder público esteve ausente. “Isso mostra quem realmente tem interesse em chegar a um acordo. Nós só vamos sair da Câmara depois que houver uma negociação. Antes não, é absurdo”, reafirmou Tatus Park, um dos jovens acampados no prédio do legislativo há mais de dez dias.

O OUTRO LADO

Por sua vez, assessoria de comunicação da prefeitura (Assecom) confirmou parte da história, alegando que a reunião foi agendada, mas não aconteceu porque os manifestantes não se propuseram a encerrar a ocupação. De acordo com a Assecom, o prefeito quer negociar com eles desde que haja a presença de representantes do Ministério Público. O objetivo é que todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) estejam presentes para que ocorra o melhor encaminhamento.

O detalhe é que os representantes do Judiciário se negaram a participar do acordo enquanto a Câmara permanecer ocupada. A Assecom também destacou que o procurador geral do município, ao perceber que os manifestantes não haviam seguido as orientações e permaneciam com o protestos, entrou em contato com uma interlocutora do grupo para avisar sobre o cancelamento da reunião. Os estudantes alegam falta de comprometimento.

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