DOURADOS

Secretário de Saúde pediu para sair após requisitar auditoria em órgão alvo da PF

Depois que a Polícia Federal acusou esquema de corrução na Fundação municipal dos Serviços de Saúde de Dourados, prefeitura informou que já havia mandado investigar órgão

Secretaria de Saúde foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão da Operação Purificação (Foto: Adilson Domingos) Secretaria de Saúde foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão da Operação Purificação (Foto: Adilson Domingos)

Publicada na edição desta quinta-feira (21) do Diário Oficial do Município, a exoneração de Vagner da Silva Costa do cargo secretário municipal de Saúde ocorre poucos dias após ele ter solicitado uma auditoria nas contas da Funsaud (Fundação municipal dos Serviços de Saúde). Na ocasião, a PF (Polícia Federal) desencadeou a Operação Purificação, contra fraudes em licitação que teria gerado prejuízo de R$ 1,8 milhão aos cofres públicos municipais. 

Conforme Decreto nº 1.603 de 07 de fevereiro de 2019, foi o próprio Vagner quem pediu para sair. De volta à condição de secretário-adjunto, ele foi substituído por Berenice Machado de Souza, que passou a comandar a secretaria.

No dia 12 de fevereiro, horas depois que policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão nas sedes da Funsaud e da Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura de Dourados apressou-se para divulgar que justamente na véspera havia sido requisitada pelo então secretário de Saúde uma auditoria sobre as contas da fundação que desde novembro de 2017 está em emergência financeira e administrativa.

Desde então, porém, nenhuma explicação foi dada pela administração da prefeita Délia Razuk (PR) sobre a acusação apresentada pelos delegados federais Denis Colares e Fabrício Rocha, segundos os quais uma empresa de fachada foi aberta com finalidade exclusiva de obter o contrato milionário para fornecimento das marmitas a pacientes e funcionários do Hospital da Vida e da UPA 24 Horas, unidades administradas pela Funsaud.

As investigações apuraram indícios de fraude em licitação de R$ 1,8 milhão realizada em 2017, primeiro ano do mandato da atual prefeita. Contudo, no endereço da empresa vencedora do contrato não haviam sequer funcionários ou equipamentos. Ronaldo Gonzales Menezes, citado como representante legal da Marmiquente nas licitações em que a empresa participou em Dourados, foi alvo de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça Federal. 

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