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'Sempre fui mais prático que burocrático', diz coronel Adib

O temido e respeitado Coronel Adib Massad hoje com 84 anos de idade retornou a Dourados para participar das comemorações alusivas ao aniversário de 26 anos do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) que ocorrem na manhã do ultimo dia 28 (terça-feira) quando concedeu entrevista a O Progresso. Cel Adib considerado um ícone da segurança pública em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso, estados por onde atuou quando perguntado se encaixaria nos moldes da segurança publica empregada hoje respondeu. “Acredito que não, sempre fui mais pratico que burocrático”. Coronel Adib ao falar de Dourados, cidade onde foi vereador diz não conservar mágoa de ninguém, pois fez inúmeros amigos em toda a região.

No final dos anos 80 Coronel Adib Massad assumiu o GOF (Grupo de Operações de Fronteira) um misto de policiais civis e militares criado com a missão de agir ostensivamente as áreas rurais dos municípios que fazem fronteira com o Paraguai (por volta de 620 km), a fim de prevenir e reprimir o contrabando, o roubo de cargas e veículos, o narcotráfico, o roubo de gado e os demais crimes inerente à região, como, por exemplo, os assaltos aos proprietários rurais.

O GOF foi criado em 28 de maio de 1987 pelo secretário de Estado e Segurança Pública daquela época, Francisco Leal de Queiroz, através da Resolução n.º 119/87. Atualmente, sua sede encontra-se no município de Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Devido à sua credibilidade e por estrita necessidade, mais tarde a denominação mudou para Departamento de Operações de Fronteira teve sua área de operação expandida, sendo integrada ao DOF toda a extensão do limite do Brasil com a Bolívia (Resolução SSP n.º 228, de 21/05/1999), chegando na totalidade de 1.517 km de fronteira internacional incumbida ao DOF.

O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) é um órgão de segurança do Estado de Mato Grosso do Sul subordinado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP). Seu atual diretor é o Cel PM Edilson Osnei Nazareth Duarte (Coronel Duarte).

Coronel Adib Massad ficou marcado na memória dos douradenses como um militar de linha dura que impunha respeito aos criminosos pela sua fama de policial linha dura que costumava desvendar crimes complexos e tirar de circulação bandidos de alta preciosidade. Leia:

O senhor que atuou por muito tempo em Dourados e na região qual impressão carrega daquela época?

“Só tenho boas lembranças, não tenho mágoas de ninguém e de Dourados principalmente que foi a cidade que me deu a oportunidade de trabalhar como em outros lugares por onde eu passei então tudo isso faz parte da minha vida, do meu trabalho, do meu pouco conhecimento de poder desempenhar o melhor serviço”.

Quais os tipos de lembranças que o senhor carrega de Dourados?

“Graças a Deus tenho assim somente boas lembranças de Dourados pela amizade que conquistei, pelo respeito, quer dizer, não tenho palavras para mencionar aqui o meu agradecimento ao povo de Dourados por ter me tolerado esse tempo todo que eu passei aqui”

O senhor acha que cumpriu sua missão na Policia Militar de Mato Grosso do Sul?

“Creio que sim, acredito que se eu tivesse continuado porque eu quando passei para a reserva eu tinha muitas condições para continuar trabalhando, mas o regulamento exige que nós já temos o tempo certo para permanecer principalmente na Policia Militar e regulamento tem que ser cumprido e eu cumpri conforme aquilo que foi determinado”.

O senhor acredita que teria condições de trabalhar nos moldes da segurança pública de hoje e no quadro que a violência é hoje?

“Eu creio que não. Não por recusar, mas sim por falta de conhecimento na parte burocrática. Acontece que eu me considero mais prático do que burocrático. Então trago comigo esta experiência na vida. Não me considero preparado suficientemente para uma situação atual, até pelo desenvolvimento, o crescimento e o surgimento de tantas coisas novas, a modernização da segurança, em função de tudo isso eu não me sinto preparado para enfrentar uma segurança pública como a de hoje”

O senhor tem acompanhado as mudanças e acredita que esta época é bem diferente da sua?

“Na época era diferente. Cada época é uma época e eu tive sorte porque sempre tive bons companheiros, bons superiores, bons chefes, não desfazendo de ninguém da atualidade porque compreendo que cada um está cumprindo com a sua missão, então, eu me sinto bem em ver os meus colegas, amigos, autoridades superiores, se esforçando para atingir o melhor objetivo possível. Torço por eles, torço pelos policiais de hoje com toda a certeza e de todo o meu coração”.

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