conflito indígena

Três mil índios protestam em Sidrolândia

Cerca de três mil indígenas se reuniram próximo da Fazenda Buriti, palco de conflitos entre proprietário e índios Terena, para protestar quanto a morosidade das demarcações para ampliação da Aldeia Buriti. Eles prometem resistir até a morte, caso seja decidido a favor dos produtores rurais.

Os indígenas criticam o adiamento da reunião com o Ministério da Justiça marcada para ontem (5) e mudada para amanhã (7), às 14h em Brasília. Eles alegam que já era para ter uma decisão final do Governo Federal sobre quem fica com a terra Buriti, se o proprietário Ricardo Bacha ou os indígenas.

De qualquer forma, uma decisão não favorável aos índios não está sendo cogitada pelos Terena. “Se não demarcarem, vamos marca a terra por nossas próprias mãos. Chega de sofrimento”, disse o cacique Ageu Reginaldo Terena, mostrando a foice quando avisa que a demarcação será pela própria tribo.

Segundo o cacique, os indígenas não vão aceitar mais demora. “Não vamos aceitar que a União brinque com essa gente. Estamos sendo ameaçados e não vamos nos calar”, destacou.

“ Perdemos a guerra, mas não perdemos a luta. Quem matou nosso irmão foi o Governo. Nós não vamos nos calar até conseguir”, afirmou o filho do cacique, Gênio Reginaldo Francisco Terena.

Para o ancião da Aldeia Buriti, Basílio George Terena, a situação é mais grave. “Eles dizem que vão matar índio. Nós estamos lendo na internet, fazendeiro fazendo ameaça. Se vai matar índio, se está em época de exterminar, então vai acontecer porque nós não vamos sair daqui”.

No local há doze homens da Força Nacional que acompanham em três carros o protesto de forma a evitar violência, por ambas as partes. O Governo do Estado estendeu a permanência da Força por mais 45 dias.

do MidiaMax

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