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Falta de seriedade põe futebol de MS em 21º e bem atrás do Mato Grosso

Campo Grande News

O ranking por federações e clubes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) expõe a fragilidade e a pobreza do futebol de Mato Grosso do Sul, que fica atrás do esporte no estado vizinho. É a continuidade de um dos piores períodos do esporte sul-mato-grossense, que fica em 21º lugar entre os 27 estados brasileiros, e atrás do Mato Grosso, que está em 15º e tem dois clubes na Série C (isso que o Luverdense pode subir para a B ainda este ano).

No ranking de clubes, o melhor classificado de Mato Grosso do Sul é o Cene, na 74º, em seguido pelo Naviraiense, na 111º colocação, empatados estão Aquidaunense e Ivinhema, na 155º. O Comercial, que já viveu fase áurea, está 180º. Situação pior e mais vergonhosa está o Operário Futebol Clube, na 203º, que deixou na lembrança dos saudosistas e dos torcedores mais fanáticos o destaque nacional e a conquista do 3º lugar em campeonato nacional.

A nova fórmula de calcular os pontos para o ranking da CBF tem como quesitos um título de 2012 vale cinco vezes mais do que um de 2008; é somente consideradas as competições dos últimos cinco anos; nenhuma anterior entra na pontuação; há diferenças consideráveis entre as pontuações de um primeiro e um segundo lugar em um torneio; existe um bônus aplicado aos clubes impedidos de pontuar na Copa do Brasil, por terem disputado a Copa Libertadores ou a Copa Sul-Americana.

Como superar - No entanto, os clubes do Estado não conseguem superar o estigma e conquistar a torcida, apesar da criação de programas sócio torcedores, promoções com ingressos e camisas e até eventos beneficentes. No entanto, os próprios dirigentes reconhecem que falta seriedade no futebol profissional.

“Para melhorar o atual quadro do futebol de Mato Grosso do Sul é preciso algo que falta há tempos, a seriedade e as categorias de base. No futebol tem muita picaretagem. Os valores estão na base, tem muito empresário querendo se aproveitar do clube para mostrar o jogador, vender e ganhar dinheiro. Mato Grosso está na frente por causa disso ai”, critica o presidente do Comercial, Luiz Cortez.

Cortez lembra que assumiu o Colorado em uma fase difícil. No entanto, prevê, que com um trabalho de pouco mais de dois anos, será possível colher os frutos. “Vamos trabalhar. Não adianta ficar chorando falando da Federação, ela pode até ter culpa, mas não total. Os dirigentes e os clubes tem que começar a olhar para si. Em dois anos almejo colher os frutos deste trabalho que estamos iniciando”, revelou o dirigente.

O presidente diz que já avisou a comissão técnica que deverá existir a integração entre categoria de base e o profissional. “Uma exigência que fiz ao Paulinho (Rezende) é que tem que trabalhar com a base. Lógico não vou lançar 10 jogadores de uma vez, mas alguns sim. Nosso Estado é um celeiro de joias, temos que aproveitar”, ressalta o presidente.

Otimismo – O presidente do atual campeão estadual, o Cene, vê como positivo o momento do futebol de Mato Grosso do Sul. “Vejo com o otimismo o futebol no Estado, está crescendo, o nível técnico está aumentando. E quando um clube do Estado mudar de divisão no Brasileiro, vai dar ser um gás para os demais clubes, pois abre vaga para outro. Ajuda na chegada de patrocinadores, a televisão, que gradualmente está aumentando o número de transmissão”, salienta José Rodrigues.

O Furacão Amarelo já tem vaga garantida no Campeonato Brasileiro da Série D em 2014 e Rodrigues não esconde o maior objetivo do clube. “No futebol se aprende a sonhar por prestações, queremos sempre o mais longe, mas o objetivo é ganhar o próximo jogo. Mas queremos fazer do Cene 2014, uma equipe que consiga uma vaga na Sul-Americana”, responde o presidente, citando a possibilidade de vencer a Copa Verde, que será criada no ano que vem e o vencedor, disputa uma vaga na copa continental com o campeão da Copa Nordeste.

O vice-presidente da FFMS (Federação de Futebol de MS), Marco Antonio Tavares, se diz conformado do Estado vizinho estar a frente do nosso e que o futebol do nosso Estado está evoluindo. “Inegavelmente eles são melhores que a gente. Lá eles recebem o investimento de R$ 3 milhões do Governo do Estado deles, aqui recebemos R$ 500 mil. Essa nova forma de ranking da CBF cobra títulos recentes. No Mato Grosso temos o Luverdense quase na série B do Brasileiro, eles já tem outro clube na Série C (Cuiabá) e mais um na Série D”, diferencia Tavares.

Competições durante todo o ano estão sendo prometidas pela FFMS já a algum tempo, para 2014, a promessa é de uma seletiva para uma vaga na Copa do Brasil e a outra para a vaga na Copa Verde.

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