Esporte

Ministro do Esporte diz que futebol brasileiro é 'quase fiasco'

do Terra

Em entrevista ao Terra, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, classificou o futebol brasileiro como "quase um fiasco" nos aspectos administrativo e econômico. O político disse que o principal papel do governo no esporte é trabalhar para que os clubes tenham responsabilidade financeira, gastem de forma sustentável e tenham capacidade de quitar as dívidas milionárias que têm com credores privados e o próprio governo.

"Em dados não oficiais, divulgados em fóruns no mundo todo, o futebol brasileiro representa 2% do PIB mundial do futebol, contra mais de 30% do futebol inglês, mais de 20% do futebol alemão e quase 20% do espanhol e italiano. Somos protagonistas do futebol dentro de campo, e não podemos continuar sendo fora de campo quase um fiasco. Temos que aumentar a renda, valorizar a marca de nossas competições, para ter mais renda e mais tributos, para que o negócio do futebol, além de paixão, fantasia e esperança, gere também tributos para saúde, educação, transporte", declarou.

"Não quero que os clubes sejam anistiados, quero que eles paguem (as dívidas), e que eles tenham condições de efetuar esse pagamento. Nas condições autais, é muito difícil que os clubes paguem aquilo que devem. Queremos que os clubes tenham responsabilidade financeira, que possam contribuir não só com suas marcas, mas com os campeonatos que disputam, para ampliar o PIB do futebol no conjunto da economia do País, e do futebol brasileiro na economia do futebol mundial".

Já sobre a eleição do ano que vem à presidência da Confederação Brasileira de Futebol, Rebelo afirmou que o governo não tomará partido de nenhum lado. Um dos candidatos deverá ser Marco Polo Del Nero, aliado do atual mandatário José Maria Marin, enquanto o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, pode ser o nome da oposição.

"Não tenho nenhuma razão para fazer isso (apoiar um dos lados). Primeiro, porque não estou na disputa. Segundo, porque o governo não tem candidato. Terceiro, não tenho influência no colégio eleitoral, não sei nem qual a preferência da direção do meu clube, o Palmeiras. Não sei nada das federações. Então para o governo, que tem uma grande responsabilidade de ajudar a organizar a Copa do Mundo de 2014, o melhor é ficar distante dessa eleição", disse o ministro.

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