Operação Skala

Alvos da Skala no exterior devem ir à PF assim que desembarcarem

Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou que membros do Grupo Libra, que não foram presos por estarem fora do país, devem prestar depoimentos

O ministro do STF Luís Roberto Barroso (Cristiano Mariz/.) O ministro do STF Luís Roberto Barroso (Cristiano Mariz/.)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste domingo (1) que os três investigados na mira da Operação Skala que estão no exterior deverão se apresentar à Polícia Federal no momento do desembarque e ser imediatamente levados para a tomada de pela PF e representantes do Ministério Público Federal (MPF)

A decisão atinge Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba e Gonçalo Borges Torrealba, membros da família que controla o Grupo Libra e tinham mandados de prisão temporária expedidos na Skala, deflagrada na última quinta-feira (29).

Neste sábado, ao pedir a revogação das prisões dos outros dez presos na operação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou Barroso de que os três estão dispostos a se apresentar à autoridade policial assim que retornarem ao Brasil. O ministro atendeu à manifestação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e determinou a soltura dos presos na Operação Skala e a revogação das prisões de Rodrigo, Ana Carolina e Gonçalo Borges Torrealba.

Foram presos na ação policial e soltos após a decisão do ministro do STF o advogado José Yunes, amigo do presidente Michel Temer há mais de 50 anos e ex-assessor dele na Presidência, o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, também coordenador de campanhas eleitorais de Temer e amigo do presidente, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, pai do líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), e o empresário Antônio Celso Grecco, dono da empresa Rodrimar.

As prisões temporárias da  Skala foram autorizadas por Luís Roberto Barroso no âmbito do inquérito 4621 do STF, que investiga se Michel Temer e aliados seus receberam propina em troca de benefícios a empresas que operam no Porto de Santos, sobretudo a Rodrimar, por meio da edição do Decreto dos Portos, em 2017.

Procurado pela reportagem, o Grupo Libra reiterou que “já está prestando todos os esclarecimentos à Justiça, e que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal”.

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