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Prédio de 632 metros usa imã para evitar balanços

21/03/2015 11h02 - Atualizado em 21/03/2015 11h02

Os engenheiros responsáveis pelo projeto da torre The Shangai Tower

Quando alguma instabilidade é sentida no prédio, o pêndulo acima se move e ativa uma corrente elétrica no “prato de cobre”, que consegue criar um campo contrário às forças externas e mantém tudo no lugar correto.

Talvez você não saiba disso, mas grandes construções não são as estruturas mais estáveis do mundo. Por causa dos ventos, prédios muito altos podem passar por situações em que realmente “balançam” e isso pode ser um grande problema para as pessoas que vivem neles — não apenas por um risco de queda de todo o prédio após a fadiga da obra, mas porque a instabilidade pode causar náuseas fortes em quem está nele.

Pensando nisso, os engenheiros responsáveis pelo projeto da torre The Shangai Tower (construída no distrito financeiro de Pudong de Xangai, a maior cidade de toda a China) decidiram usar um sistema bem ambicioso. Em vez de utilizar apenas os pêndulos que são escolhidos geralmente para a compensação dos movimentos, eles instalaram um ímã gigantesco na base do prédio.

Com este novo sistema, os engenheiros esperam fazer com que nenhum tipo de sensação seja sentida por quem estiver nos 121 andares da torre chinesa — mesmo quem estiver no topo dos mais de 630 metros que fazem parte da gigantesca obra.

Como funciona o sistema?

Cabos de aço seguram um pêndulo — com 1.000 toneladas de aço —, que é mantido em inércia para a verificação de possíveis instabilidades. Para evitar que todo esse peso cause balanços ainda maiores, grandes amortecedores hidráulicos são instalados nas bases do pêndulo. Abaixo de tudo isso está o grande trunfo da torre de Xangai: o ímã que mencionamos anteriormente.

Este gigantesco objeto magnético na verdade é composto por 125 ímãs de alto campo, aplicados sob uma grande estrutura de cobre (disposta em uma placa de 10 metros por 10 metros). Quando alguma instabilidade é sentida no prédio, o pêndulo acima se move e ativa uma corrente elétrica no “prato de cobre”, que consegue criar um campo contrário às forças externas e mantém tudo no lugar correto.

Vale dizer que toda a energia necessária para as ativações mencionadas são criadas no próprio sistema — pois a ativação dos campos magnéticos é capaz de transformá-los em energia elétrica, dispensando qualquer fonte externa de energia. O resultado de tudo isso é justamente o que os engenheiros tanto precisam: estabilidade em toda a construção, mesmo com fortíssimos ventos.

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