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Quase metade dos mortos em ataque suicida na Turquia era criança

Pelo menos 22 dos 51 mortos durante um ataque suicida em uma festa de casamento na cidade turca de Gaziantep, na noite de sábado (20), tinham 14 anos, disse um funcionário do governo nesta segunda-feira (22) à agência Reuters. As autoridades acreditam que criança entre 12 e 14 anos tenha causado a explosão, já que um colete destruído foi encontrado no local.

Até agora, 44 mortos foram identificados, de acordo com a agência de notícias privada 'Dogan'. Testemunhas disseram que um bebê de três meses de idade, estava entre as vítimas. Mais de 65 pessoas foram hospitalizadas, sendo que 17 em estado grave. O partido esquerdista pró-curdo HDP (Partido Democrático do Povo) disse em comunicado que os noivos que se casavam eram membros de sua legenda. A noiva saiu ilesa, mas o noivo ficou ferido.

O presidente Tayyip Erdogan disse que é provável que os militantes do Estado Islâmico sejam os responsáveis pelo ataque, o mais mortífero atentado este ano na Turquia, que enfrenta ameaças de militantes no país e da Síria. "A evidência inicial sugere que foi um ataque Daesh", disse Erdogan em Istambul no domingo, usando um nome árabe para o grupo sunita.

O grupo terrorista foi responsabilizado por outros ataques no país, sendo que o mais mortal havia sido em outubro passado, em uma reunião de ativistas pró-curdos e trabalhistas em Ancara, quando homens-bomba mataram mais de 100 pessoas.

Há apenas algumas semanas, Erdogan e seu governo sobreviveram a uma tentativa de golpe.

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