DOURADOS

Assassinado em conveniência já cumpriu pena por tráfico e lavagem de dinheiro

Reinaldo Benitez Ortiz foi morto a tiros em conveniência - Crédito: Osvaldo Duarte/Dourados News Reinaldo Benitez Ortiz foi morto a tiros em conveniência - Crédito: Osvaldo Duarte/Dourados News

Assassinado a tiros no final da tarde de segunda-feira (15) em uma conveniência no Jardim Guanabara, em Dourados, Reinaldo Benitez Ortiz, de 43 anos, cumpria pena por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado em outubro de 2013 a 11 anos, três meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado.

Proferida pelo então juiz Jairo Roberto de Quadros, hoje desembargador, a sentença menciona que Reinaldo foi flagrado por equipe da Defron (Delegacia Especializada de Repreensão aos Crimes de Fronteira) em uma casa no BNH 3º Plano com oito porções de 73 gramas de cocaína e uma porção de 20 gramas de maconha, além de R$ 1.112,00 sem origem lícita comprovada.

Ocorrido na manhã do dia 11 de janeiro de 2013, esse flagrante resultou no processo que até hoje segue em trâmite. Na mais recente movimentação, ocorrida no mês de abril deste ano a 2ª Vara Criminal de Dourados requisitou uma empresa para leiloar um imóvel pertencente ao réu.

Na sentença condenatória, o juiz afirma que Reinaldo e uma mulher também presa com ele comparam uma casa no Conjunto Residencial Santa Ana por R$ 140.000,00 “com o dinheiro do tráfico de drogas e o transformaram em ativo lícito”.

O magistrado destacou que embora os réus “tenham informado que se tratava de casa alugada, visando, com isso, ocultar a real propriedade do bem”, foi possível apurar que eles “efetuaram o pagamento da maior parte do valor da casa, cerca de R$ 131.000,00, mas tiveram a transferência do registro obstada pela ausência do pagamento da última parcela, que somente não se concretizou em razão da ação policial”.

A decisão que condenou o casal cita ainda a aquisição de uma Mtsubishi L200 Triton por R$ 78.000,00, utilizando como forma de entrada uma GM S-10 pertencente à mulher, “também adquirido com o produto do tráfico”. “Consta, igualmente, que realizavam contínua movimentação para ocultar ou dissimular a origem de altas somas de dinheiro de origem ilícita, além de transformá-las em ativos lícitos, por meio de operações financeiras”, pontuou o juiz.

No julgamento, Reinaldo e a mulher negaram o cometimento do delito, mas o magistrado disse que o rendimento mensal alegado pelos réus, entre R$ 5 ,mil e R$ 6 mil, é “nitidamente incompatível com a movimentação financeira que ostentavam e com o padrão de vida revelado”.

ASSASSINATO

Conforme já revelado pelo Dourados News, no final da tarde de ontem Reinaldo Benites Ortiz foi assassinado a tiros em uma conveniência de sua propriedade, localizada na Rua Francisco Luiz Viegas.

O estabelecimento foi invadido por homem armado que efetuou os disparos contra a vítima, atingida nas regiões do tórax e dos braços. No local a Perícia Técnica da Polícia Civil encontrou 7 cápsulas de calibre 9 milímetros.

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