NOVA ANDRADINA

“Foi sorte nenhum policial ser atingido”, diz delegado, sobre mortes

Os cinco acusados de integrar uma quadrilha, que promoveu uma onda de roubos ousados e violentos nas região de Nova Alvorada do Sul, portavam armas de uso exclusivo das Forças Armadas e receberam os policiais a tiros. “Foi sorte nenhum policial ser ferido”, afirmou o delegado Pedro Espíndola, do DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

O grupo ficou acampado numa mata fechada, perto do Assentamento Pana, em Nova Andradina, quando foi surpreendido, na manhã de hoje (20), por quatro equipes do DOF e da Defron (Delegacia Especializada em Crimes de Fronteira).

“Todos os cinco atiraram”, contou o delegado, que participou da operação que acabou no confronto e na morte dos cinco criminosos. Eles estavam com duas pistolas 9 milímetros, um revólver calibre 38 e quatro espingardas, sendo uma calibre 12 e outra de recepção 22. “As pistolas eram de uso exclusivo das Forças Armadas”, explica o delegado.

Os criminosos estavam acampados no mato, onde escondiam as três caminhonetes (F-4000, Mitsubishi L-200 e F-350) e Fiat Strada, que foram roubados em três ações ousadas. As três caminhonetes foram roubadas em Nova Alvorada do Sul na sexta-feira, quando o grupo bloqueou a BR-163 e rendeu 10 pessoas, incluindo-se crianças. Eles ficaram com os reféns por seis horas.

A Fiat Strada foi levada em na MS-134, de uma usina de Ivinhema. Eles ainda tentaram roubar uma quarta caminhonete, mas o condutor percebeu a cilada e conseguiu fugir do cerco dos criminosos.

Facção – Segundo o DOF, os criminosos mortos no confronto tinham passagem pela Polícia por roubo, tráfico de drogas e outros crimes.

Foram mortos Samir Raslan da Silva, 30 anos, Alexandre dos Anjos Nascimento, o Lixa, Carlos Alberto Marcos Almeida, 23 anos, e Ademir de Oliveira Lopes Melo. O quinto acusado foi identificado como Paulistinha.

Todos eram de Nova Andradina. “Eram perigosos e violentos”, comentou o delegado, por telefone de Dourados. Um dos integrantes da quadrilha, Carlos Alberto, tinha ligação com a facção criminosa que atua nos presídios paulistas, conhecido como PCC (Primeiro Comando da Capital).

Para o delegado, o grupo ficou com os veículos escondidos na mata porque não conseguiram furar o bloqueio policial feito na fronteira com o Paraguai. Sem ação, eles decidiram ficar no meio do mato até a polícia afrouxar o cerco.

Além dos cinco mortos, a Polícia prendeu um suspeito de participar do roubo em Nova Alvorada. Gilson Rodrigues, 19 anos, ficou com as vítimas no cativeiro. O sétimo integrante da quadrilha está foragido, suspeita a polícia.

Os corpos foram colocados sobre uma caminhonete e levados para Dourados, onde fica o DOF. Houve desfile pelas ruas da cidade.

Confira a galeria de imagens:

fonte: Campo Grande News

Comentários