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Golpista resgata R$ 49 mil com cheque emitido no valor de R$ 1 mil na Capital

Campo Grande News

Um golpista, que a Polícia acredita ser integrante de uma quadrilha que adultera cheques em Campo Grande, sacou R$ 49 mil da “boca do caixa” esta semana em uma agência do banco Bradesco. Dias antes, um empresário pagou com o cheque de R$ 1 mil para um prestador de serviço. No entanto, a folha foi repassada a várias pessoas e, em seguida, adulterada.

“Um dia antes, o golpista ainda foi à agência e informou ao gerente que sacaria o dinheiro no dia seguinte. Por parte da vítima, o erro é que a folha não estava cruzada e nem era nominal. Já o funcionário não teve o cuidado de pedir ao gerente para entrar em contato com o correntista e informar o saque”, explica o delegado Valmir Moura Fé, responsável pelas investigações.

Há algum tempo, o delegado conta que atendeu um caso semelhante. No entanto, o dono da conta foi consultado e a Polícia conseguiu prender em flagrante o estelionatário, no momento que realizava o saque no banco. “Infelizmente, sou radical ao uso de cheques, que para mim deveria ser extinto, ainda mais com as diversas opções de cartão de crédito que temos hoje”, comenta ao Campo Grande News o delegado.

Mesmo assim, quem ainda opta pelo cheque, deve ter alguns cuidados, conforme explica o delegado. “O correntista precisa manter uma relação direta com o gerente. Ele precisa saber do seu perfil. Já na abertura da conta, por exemplo, a pessoa precisa dizer que só emite cheques de até R$ 5 mil. Caso ultrapasse o valor, ele precisa ser consultado e o banco não deve pagar de jeito algum”, ressalta o delegado.

Golpes antigos – Em 14 anos de experiência policial, o delegado diz que golpistas sempre articulam novas maneiras. “Antigamente eles emprestavam uma caneta que apaga a escrita para a pessoa preencher o cheque. Logo depois eles passaram a utilizar um produto químico para apagar o valor e adulterá-lo, de uma forma muito caprichada e semelhante. É por isso que as pessoas devem redobrar o cuidado com cheques”, argumenta o delegado.

O próximo passo da 7ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, é analisar o circuito interno do banco. “Vamos identificar o golpista. Este é uma investigação complicada, inclusive porque o banco pode alegar que foi um golpe da própria vítima, já que existem casos assim. Então, estamos sendo cautelosos e continuo a dizer: não usem cheques”, finaliza o delegado.

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