PORTE E POSSE DE ARMA

Justiça concede HC a empresário que teve morte encomendada pela mulher

No momento do atentado, o empresário colidiu contra outro veículo e invadiu a calçada - Crédito: Osvaldo Duarte/Dourados News No momento do atentado, o empresário colidiu contra outro veículo e invadiu a calçada - Crédito: Osvaldo Duarte/Dourados News

O empresário José Pereira Barreto, 38, dono da empresa Eurotur Turismo, teve Habeas Corpus concedido pela Justiça após ser autuado em flagrante por porte e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito no mesmo dia (13/2) em que sofreu atentado encomendado por sua mulher, Valdirene Fiorentino da Silva, 35. 

A decisão foi do juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados. 

Preso, ele está internado sob custódia após disparos recebidos na região do tórax.

O estado de saúde dele ainda é grave, mas não há risco de morte, conforme os advogados Celso Berthe e Rubens Saldivar. 

O magistrado citou os fatos de Barreto não possuir antecedentes criminais, comprovar residência fixa e atividade lícita para conceder a liberdade provisória. Na determinação, também foi arbitrada fiança de 10 salários mínimos. 

O empresário deverá ainda se apresentar mensalmente à Justiça, não se ausentar de Dourados por mais de 15 dias sem autorização e está proibido de frequentar locais públicos com aglomerações de pessoas. 

O Caso 

José Pereira Barreto foi vítima de atentado no final da tarde do dia 13 de fevereiro, quando trafegava pela rua Cuiabá, região do Jardim Santo André, em Dourados. Dois homens de moto se aproximaram e realizaram os disparos. 

No mesmo dia, o SIG (Setor de Investigações Gerais) conseguiu prender sete pessoas, todas com envolvimento no caso e descobriu que a mulher do empresário teria encomendado a morte dele.

Além dela, foram presos em flagrante por participação na ação, Pedro Jorge Braga Câncio Júnior, funcionário de Barreto e que supostamente possuía caso extraconjugal com Valdirene. 

Ele seria o responsável em dar a ideia de assassinar o empresário após ele descobrir o caso. 

Ambos então deram R$ 20 mil para Paulo Vitor dos Santos, 32, David Jonathan dos Santos, 29, e Leandro Alves Gonçalves, 32 e o trio se encarregou de contratar duas pessoas para cometer o assassinato, Charles Barros de Lima Ribeiro, 21, e João Alves Cardoso, 26. 

João ficou responsável de pilotar a moto enquanto o comparsa realizou os disparos. Todos os envolvidos foram apresentados ontem (14/2). 

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