Policial

Laudo indica que jovem morto no Jóquei foi arrastado por 12 metros

Idenilson da Silva Barros, de 20 anos, foi atropelado por estar embriagado ou porque sofreu um mal súbito, aponta laudo do levantamento do local, peça que ainda era esperada pela Polícia na investigação sobre morte do ex-soldado no Jóquei Clube de Campo Grande.

Segundo o documento, a vítima deitou no chão do estacionamento por conta própria e foi arrastada por cerca de 12 metros depois de atingida pelo veículo.

O rapaz foi encontrado morto na madrugada do dia 19 de maio, no estacionamento do Jóquei, após show da dupla Munhoz e Mariano. Ele havia ido com a namorada e um grupo de amigos.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Claudio Martins, que recebeu o laudo na manhã desta quarta-feira (12), alguém pode ter atropelado o jovem sem ter percebido. “O local é totalmente inadequado, sem iluminação, nem câmeras. A pessoa que atropelou, provavelmente nem viu”, diz.

Ainda de acordo com o delegado, médicos legistas identificaram alguns ferimentos pelo corpo, mas o laudo não comprovou nenhuma agressão física. “Ele tinha ferimentos, inclusive nos olhos e nas costas. O laudo apontou que podem ter sido provocados porque ele foi arrastado por quase 12 metros”, explica o delegado que diz ainda que pelo resultado, o veículo que atropelou o jovem era “baixo”.

A maior dificuldade agora segundo a Polícia, é identificar o veículo e o motorista. Cerca de 20 pessoas foram ouvidas, mas ninguém relatou nada sobre a morte. Uma jovem que estava a menos de 10 metros de onde o corpo foi encontrado, afirmou na delegacia que não viu nenhuma briga, nem atropelamento.

“A amiga dela teve a bolsa furtada no camarote. Para não roubarem o carro com a chave que estava dentro da bolsa, uma ficou na portaria e a outra cuidando o veículo. Se tivesse acontecido alguma briga, ela teria visto”, conclui o responsável pelo caso.

O laudo necroscópico do Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) divulgado no inicio desse mês, apontou que Idenilson da Silva Barros morreu de hemorragia interna aguda.

A Polícia espera que alguém que tenha feito filmagens ou fotos no local compareça a delegacia. Em relação a qual tipo de crime o autor do atropelamento pode responder, o delegado explicou que precisa ouvir o responsável e avaliar o que de fato aconteceu.

A equipe da organização do show foi informada sobre o ocorrido, mas não se dispôs a ir até a delegacia.

Dias após o crime, um engenheiro prestou depoimento e disse que viu o soldado do Exército Idenilson da Silva Barros, de 20 anos, sendo retirado pelos seguranças do camarote do show.

A testemunha foi até a 5ª Delegacia de Polícia Civil, depois de viu a fotografia da vítima divulgada na imprensa.

fonte: Campo Grande News

Comentários