CORRUPÇÃO

Mais quatro pessoas são presas em Dourados dentro da “Cifra Negra”

Polícia Civil no momento em que deixava a Câmara de Dourados na quarta-feira - Crédito: Gizele Almeida/Dourados News Polícia Civil no momento em que deixava a Câmara de Dourados na quarta-feira - Crédito: Gizele Almeida/Dourados News

Mais quatro pessoas acabaram presas ontem (6/12), em Dourados, dentro da Operação Cifra Negra, por força de mandados de prisão expedidos pela Justiça na ação desencadeada em conjunto entre a 16ª Promotoria de Justiça e a delegacia do 2º Distrito Policial na quarta-feira (5/12). 

Na data, cinco pessoas – entre elas três vereadores – foram presas e estão na PED.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados oficialmente, mas o Dourados News apurou que um deles seria ex-servidor da Câmara e teria atuado, no passado, junto ao gabinete de um dos parlamentares que estão atrás das grades. 

O outro seria sócio de homem preso em Campo Grande ainda na quarta e que seria de uma das empresas investigadas de participação no esquema de corrupção. 

Ambos estão no 1º Distrito Policial de Dourados. Os mandados também foram cumpridos contra as esposas dos dois, mas, elas cumprem em regime domiciliar, por estarem com crianças. 

Presos 

Na quarta-feira, os vereadores Idenor Machado (PSDB), Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB) acabaram presos por participação em fraudes em licitações dentro de um esquema que, de acordo com o Ministério Público Estadual, já dura oito anos na Câmara de Dourados. 

Além dos três, o ex-vereador Dirceu Longhi (PT) – que por anos fez parte de mesas diretoras e o ex-servidor da Casa, Amilton Salina, acabaram alvos dos mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Dourados. 

No dia da operação, os policiais cumpriram 10 mandados de prisão em Dourados e Campo Grande e um de busca e apreensão. 

Investigações 

Conforme o Ministério Público, em diversos processos licitatórios realizados dentro da Casa, empresas consideradas como ‘cartas marcadas’ se apresentavam e atuavam em conluio. 

Algumas delas, conforme o MPE, existiam apenas no papel para simular uma concorrência legal. 

“Sem a devida concorrência, os valores dos contratos oriundos destes processos se faziam exorbitantes”, diz trecho da nota. 

Propinas

Ainda de acordo com o Ministério Público Estadual, para garantir o esquema, essas empresas repassavam na época, valores aos vereadores a título de propina.  

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