O deputado estadual Barbosinha (PSB) cobrou a retomada da construção do Hospital Regional de Dourados. O cancelamento da obra foi noticiado por um jornal de grande circulação da região da Grande Dourados, além de ter sido anunciado na solenidade de apresentação da prestação de contas realizada na semana passada pelo governo estadual, alegando falta de recursos.

Em discurso na tribuna na sessão plenária desta quarta-feira (15), o deputado estadual destacou que Dourados conta atualmente com uma estrutura “extremamente precária” para área de saúde. Conforme Barbosinha, a construção do Hospital Regional do município iria dar novo fôlego para o setor. “Essa notícia impacta violentamente não só a cidade de Dourados, mas também os municípios que compõem as regiões do Vale do Ivinhema e do Conesul, que conta com uma população de aproximadamente 700 mil habitantes.

A Grande Dourados conta hoje somente com o Hospital da Vida para atender todas essas regiões, funcionando em um prédio antigo e em situação precária, que o município tem tentado à duras penas fazer melhorar, além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)”, frisou.

A construção do Hospital Regional de Dourados foi lançada pelo antes governador André Puccinelli (PMDB), no final do seu mandato. Desde então, apenas parte do muro e serviços de terraplanagem teriam sido realizadas, o que totalizam mais de R$ 500 mil em gastos até o momento.

A informação é que o Ministério da Saúde cancelou o empenho de recursos federais extraorçamentários, na ordem de R$ 17 milhões destinados para a primeira etapa da obra e que o governador André Puccinelli, não teria deixado a contrapartida do governo, que soma cerca de R$ 19 milhões em caixa. “Parte dos recursos eram oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Marçal Filho, já empenhada, e que foi cancelada por falta de apoio político”, enfatizou Barbosinha.

Conforme o parlamentar, se não bastasse, os repasses feitos pelo Estado para a saúde pública de Dourados são considerados extremamente baixos. “Dourados recebe em torno de R$ 1,4 milhão mensal para poder manter o atendimento não só da cidade, que conta com cerca de 210 mil habitantes, mais ainda para atender a população dos 32 municípios no entorno”, explicou.

O deputado Barbosinha também pediu para o governo a divulgação de um prazo para a retomada do projeto. “O atual governo se elegeu sobre duas plataformas e uma delas é a saúde. Portanto a alegação de falta de recursos não pode ser motivo para o abandono da obra tão sonhada pela população douradense e de toda a região”, enfatizou.

Algumas medidas estão sendo tomadas pelo Governo do Estado, para amenizar os problemas da saúde inclusive com o esforço dos deputados estaduais capitaneados pelo deputado Zé Teixeira e do secretário municipal de saúde, Sebastião Nogueira, no sentido de fazer a locação do Hospital São Luiz e a aquisição dos equipamentos, que somam aproximadamente R$ 1,2 milhão em investimento. Como também se fala na possível locação do Hospital Santa Rosa, que poderia desafogar o Hospital da Vida, em relação às internações.

“Essas são apenas medidas paliativas que atenuarão os problemas, mais não é uma solução definitiva, só com a construção do Hospital Regional de Dourados, no mesmo formato que funciona em Campo Grande resolveria o problema”, finalizou Barbosinha.