O deputado federal Vander Loubet (PT), único de Mato Grosso do Sul citado na lista de investigados da Operação Lava Jato, emitiu nota na manhã deste sábado (7) alegando desconhecer o que motivou a publicação de seu nome na participação do esquema de corrupção da Petrobrás.

O parlamentar disse estar surpreso e desconhece em quais situações foi envolvido na abertura do inquérito.

“Esclareço que desconheço em quais circunstâncias meu nome foi envolvido na referida investigação, de modo que não possuo, momentaneamente, condições de oferecer qualquer tipo de informação complementar sobre a acusação que me é dirigida”, diz trecho do material publicado no site oficial.

Vander foi indiciado após o doleiro Alberto Youssef afirmar que a pedido do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, repassou valores ao parlamentar que atuava junto com o ex-deputado federal por São Paulo, Cândido Vaccarezza (PT), que teria recebido R$ 450 mil. Porém, o suposto valor repassado ao deputado de MS não foi revelado.

Ainda segundo a nota divulgada em seu site, o parlamentar diz que sua atuação no Congresso Federal é pautada pela honestidade, seriedade e responsabilidade, relacionando em seguida que aguardará os autos do processo para se pronunciar sobre o inquérito.

“Aguardarei o andamento dos trâmites procedimentais, o que inclui aguardar o ato de citação para manifestação no inquérito – o qual estará sob responsabilidade de advogado de confiança –, e os demais trâmites, manifestando-me sempre nos autos, como é exigido pela Justiça”.

Além dele e de Vaccarezza, outros 45 nomes entre senadores, deputados e ex-deputados federais foram citados na lista encaminhada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Vander Loubet está em seu quarto mandato como deputado federal por Mato Grosso do Sul e no pleito passado foi eleito com 69,5 mil votos.

Durante a semana ele foi citado como um dos deputados que mais gastaram com passagens aéreas desde 2009. Foram R$ 888.079,71 utilizados para deslocamento, perdendo apenas para o ex-deputado João Pizzolatti (PP/SC), que gastou R$ 967.533,58.

CONFIRA NOTA NA ÍNTEGRA,

Venho, por meio da presente nota, informar extrema surpresa quanto à citação de meu nome no pedido de abertura de inquérito junto ao Supremo Tribunal Federal, pelo procurador-geral da República no procedimento oriundo da denominada “Operação Lava Jato”.

Esclareço que desconheço em quais circunstâncias meu nome foi envolvido na referida investigação, de modo que não possuo, momentaneamente, condições de oferecer qualquer tipo de informação complementar sobre a acusação que me é dirigida.

O que posso garantir é que minha atuação político-parlamentar é pautada pela honestidade, seriedade e responsabilidade, especialmente com a população de Mato Grosso do Sul – que me confia pela quarta vez o mandato de deputado federal.

Aguardarei o andamento dos trâmites procedimentais, o que inclui aguardar o ato de citação para manifestação no inquérito – o qual estará sob responsabilidade de advogado de confiança –, e os demais trâmites, manifestando-me sempre nos autos, como é exigido pela Justiça.

Tenho absoluta confiança nas Instituições Republicanas e nos princípios do devido processo legal, contraditório e ampla defesa, insculpidos na Constituição Federal, o que me impede de fomentar quaisquer tipos de especulações e/ou comentários fora dos autos.

Encerro esta nota me dirigindo à população e à imprensa de Mato Grosso do Sul, meu Estado, enfatizando minha serenidade e confiança na Justiça.

Brasília (DF), 7 de março de 2015.