POLÍTICA

Gleisi Hoffman é reeleita presidente nacional do PT

Gleisi Hoffmann, em foto de 2017, durante discurso na tribuna do Senado - Crédito: Roque de Sá/Agência Senado Gleisi Hoffmann, em foto de 2017, durante discurso na tribuna do Senado - Crédito: Roque de Sá/Agência Senado

O Partido dos Trabalhadores (PT) reelegeu neste domingo, dia 24 de novembro, a deputada federal pelo Paraná Gleisi Hoffman como presidente da legenda. A eleição foi feita durante o 7º Congresso do partido, que aconteceu durante os dias 22, 23 e 24 em São Paulo e elegeu também os membros do Diretório Nacional.

Gleisi Hoffmann obteve 558 votos (71,74%). Valter Pomar, militante do partido e ex-secretário executivo do Foro de São Paulo, obteve 91 votos (11,67%). Margarida Salomão, deputada federal por Minas Gerais, obteve 131 votos (16,79%).

Em discurso, Gleisi criticou o atual governo, e também falou sobre as eleições municipais de 2020 e possibilidades de alianças. “Onde nós tivermos companheiros que possam enfrentar o governo Bolsonaro, o retrocesso, e estiverem no campo progressista, nós temos a obrigação de conversar e discutir sempre sabendo qual é o lugar do PT, qual é o papel do PT, porque nós queremos ter voz nas eleições municipais de 2020”.

Gleisi assumiu o comando do partido em julho de 2017 para um mandato de dois anos, em substituição à Rui Falcão. Ela foi a primeira mulher eleita como presidente do partido.

As eleições deste domingo elegeram Gleisi para um mandato de quatro anos. Além disso, foram eleitos os 90 integrantes do Diretório Nacional do partido, cuja maioria foi disputada por sete chapas. Cerca de 800 delegados do PT votaram na eleição.

A deputada Gleisi Hoffmand representa atualmente a corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), da qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também faz parte.

Gleisi é investigada por envolvimento em uma organização criminosa junto com seu marido e ex-ministro Paulo Bernardo. Eles são suspeitos de terem cometido crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro em ministérios e estatais.

Em junho deste ano, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o envio, para a 13ª Vara Federal de Curitiba – responsável pelo julgamento dos processos da Lava Jato no Paraná –, de denúncia contra Gleisi e Paulo Bernardo.

Discursos

O evento do partido teve a duração de três dias, e contou com atividades como shows, debates, palestras e discursos. Participaram da cerimônia de abertura na sexta-feira (22) nomes como ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seu discurso, Lula falou sobre o tempo em que esteve preso e agradeceu o apoio que recebeu de militantes. Falou também sobre sua condenação e fez críticas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Lula comentou sobre os anos em que o partido esteve no poder e disse que "o Brasil só não quebrou ainda por causa da herança dos governos do PT, por causa dos US$ 370 bilhões em reservas internacionais que acumulamos e querem queimar na conta dos juros".

A ex-presidente Dilma Rousseff também fez um discurso durante o evento. Ela fez críticas ao atual governo, como a medida que determinou a cobrança de contribuição previdenciária de quem recebe o seguro-desemprego.

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