Política

Por vacina, Reinaldo e mais 15 governadores querem 'diálogo' com China e Índia

Documento foi redigido pelo governador do Piauí e visa garantir a aquisição dos insumos para produção das vacinas

Reinaldo, ao lado de Doria e do governador gaúcho Eduardo Leite (Foto: Reprodução/Twitter) Reinaldo, ao lado de Doria e do governador gaúcho Eduardo Leite (Foto: Reprodução/Twitter)

Em carta assinada por Reinaldo Azambuja (PSDB) e outros 15 governadores, entre eles o paulista João Doria (PSDB), o chefes de Executivo de 16 estados pedem à presidência da República que seja iniciado um processo de diálogo diplomático com os governos da China e da Índia para a aquisição de insumos para vacinas contra a covid-19.

O texto, enviado em um curto ofício, data de ontem (20) e consta como assunto "Solicitação. Manutenção do fornecimento externo de insumos para imunizantes. Covid-19". Em seguida, a carta frisa que visa "tratar da premente necessidade de manutenção do fornecimento externo de insumos empregados na produção de vacinas".

Assinado e redigido pelo governador piauiense Wellington Dias (PT), que coordena a temática 'Estratégia para vacina contra covid-19' no Fórum Nacional de Governadores, o documento ainda fala em avaliação da possibilidade de haver diplomacia.

"Seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo China e Índia, de modo a assegurar a continuidade do processo de imunização no país", destaca outro trecho.

Além de Mato Grosso do Sul, Piauí e São Paulo, governadores do Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Ceará, Amapá e Alagoas assinam a carta.

A intenção é garantir que as substâncias e os itens necessários para a produção de vacinas, importados principalmente dos mercados chinês e indiano, sejam garantidos a partir desse diálogo da diplomacia brasileira.

Vacinação - O trabalho de vacinação começou em São Paulo na segunda-feira (18), assim que houve aprovação do uso emergencial dos imunizantes pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em Mato Grosso do Sul, a imunização começou na terça-feira (19), com ato simbólico em Campo Grande e distribuição para o interior.

Diante do número reduzido de doses, os grupos tidos como prioritários, de profissionais na linha de frente e indígenas, estão recebendo as primeiras vacinas. Não há previsão de quando Mato Grosso do Sul deve receber mais doses.

Isso fez com que o governador Reinaldo Azambuja pedisse cuidados redobrados nesse momento, já que a situação ainda está longe de ser controlada. "É muito importante permanecermos vigilantes, manter o uso de máscaras e os cuidados que nós temos. A pandemia não acabou", frisou ontem em live do Governo do Estado.

Além disso, ele também comentou que "tivemos um aumento exponencial dos casos desse vírus pelas aglomerações, pelas reuniões de novembro e dezembro". Reinaldo voltou a pedir que o isolamento seja mantido pelas pessoas até a imunização de toda população.

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