Política

Prefeitura oficializa comissão para debater reajuste do passe de ônibus

Marquinhos (na tela) anunciou comissão ontem, que será presidida pelo secretário Antônio Lacerda. | Foto: Henrique Kawaminami Marquinhos (na tela) anunciou comissão ontem, que será presidida pelo secretário Antônio Lacerda. | Foto: Henrique Kawaminami

Capital

Grupo tem até quinta-feira para definir composição da tarifa para evitar greve de motoristas

O prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), assinou decreto que oficializa a criação da comissão de estudos sobre a tarifa do transporte coletivo. O texto foi publicado na edição desta sexta-feira (7) do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

A criação do grupo foi anunciada ontem, quinta-feira (6), durante reunião entre prefeitura e o Consórcio Guaicurus, concessionária que opera o serviço de transporte coletivo, promovida pelo MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul). No encontro, a greve dos motoristas foi adiada para a próxima semana.

O impasse gira em torno do passe, atualmente em R$ 4,20. Marquinhos decretou que o reajuste será limitado a 5%, mas a concessionária pede 21,93%. No percentual definido pela prefeitura, a tarifa chegará a R$ 4,40, valor que passa a valer na próxima sexta-feira (7).

A comissão será formada por 17 representantes de órgãos de diversas esferas, sendo presidida pelo titular da Segov (Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais), Antônio Lacerda. Comporão o grupo:

Segov;

Sefin (Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento);

PGM (Procuradoria-Geral do Município);

Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito);

Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos);

CGM (Controladoria-Geral do Município);

Gabinete do Prefeito;

Procon/MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor);

Procon-CG (Subsecretaria de Proteção e Defesa do Consumidor);

MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul);

MPT-MS

TJMS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul);

TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul);

Câmara Municipal de Campo Grande;

Governo do Estado;

Consórcio Guaicurus;

STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano).

Cada instituição fica responsável por indicar um representante. A função não será remunerada. E as deliberações do grupo ainda serão submetidas ao Conselho Municipal de Regulação e Controle Social da Agereg.

Greve – Os motoristas do Consórcio pedem 11,08% de reajuste salarial, mas a direção manifestou não ter condições de arcar com os custos já que a tarifa aumentará apenas 5%. Assim, a categoria decidiu entrar em greve.

Para evitar a paralisação, representantes do sindicato, da prefeitura e da concessionária se reuniram ontem com o MPT. Marcada para hoje, a greve dos trabalhadores do transporte coletivo foi adiada para 14 de janeiro, caso não tenha acordo; enquanto a tarifa sobe para R$ 4,40.

Na abertura da reunião, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende Filho, disse que não tinha como pagar o reajuste combinado com a categoria, pois o poder público limitou o aumento da passagem a 5%. O representante da empresa cobrou a aplicação da tarifa técnica, com reajuste de 21,93%.

O prefeito disse que autorizaria o aumento pleiteado, mas não abriria mão do ISS (Imposto sobre Serviço) e não haveria mais nenhuma discussão sobre subsídio, além de ameaçar investigar a fundo o consórcio. Na sequência, pediu para Rezende escolher.

O presidente do STTCU, Demétrio Freitas, cobrou a aplicação de reajuste salarial de 11,08% para os motoristas. Após uma reunião privada com o advogado André Borges, o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus fez a proposta de adiamento da greve, classificada por ele como “uma tragédia para todo mundo”.

O resultado da avaliação da comissão de estudos deve ser apresentado até quinta-feira. O grupo vai discutir a isenção do pagamento de ISS, subsídios e a situação financeira.

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