Política

“Produtor é o maior ambientalista do País, afirma Tereza Cristina em seminário

Debate entre autoridades realizado nesta quinta-feira (Foto: Kísie Ainoã) Debate entre autoridades realizado nesta quinta-feira (Foto: Kísie Ainoã)

Meio Ambiente

Evento promovido na Capital discute questões relacionadas às mudanças climáticas e emissão de carbono

A atividade pecuária tem sido apontada como uma das grandes responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, diretamente relacionados às mudanças climáticas em todo o mundo. Autoridades de Mato Grosso do Sul ligadas ao do agronegócio participam nesta quinta-feira (25), em Campo Grande, do “Seminário de Negócios de Carbono e Sustentabilidade” para debater assuntos ligados a preservação ambiental e estratégias para diminuir o carbono lançado na atmosfera.

Na abertura do encontro, que será realizado durante todo o dia, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, garantiu que o produtor brasileiro é um dos maiores defensores do meio ambiente e que desmatamento ilegal é o grande problema enfrentado no País.

“Nosso produtor é o maior ambientalista desse País. Está passando da hora de resolver o pagamento pelos serviços ambientais, temos que resolver o problema do desmatamento ilegal, tem que ser zero”, afirmou a titular do Mapa.

Na oportunidade a ministra aproveitou para destacar o Plano ABC do Governo Federal, que reforça compromissos para minimizar os efeitos das mudanças climáticas de 2021 a 2030. De acordo com Tereza, cerca de 72 milhões hectares em todo o Brasil serão integradas com o uso de tecnologias sustentáveis de produção.

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja enfatizou que é preciso produzir produzir cada vez mais, garantindo a sustentabilidade e a preservação ambiental e que a preocupação com as condições climáticas é um dever de toda a sociedade. “São eixos e plataformas de ações para gente crescer com sustentabilidade, e o seminário serve para gente avançar em políticas públicas, parcerias com a iniciativa privada, conversão de crédito de carbono para os produtores que deixarem a floresta em pé e que recuperarem as áreas degradadas. Isso tudo por parte do governo em parceria e engajamento de toda a sociedade”.

Como exemplo de ações, o chefe do Executivo estadual destacou alguns programas que vem sendo aplicados em Mato Grosso do Sul, como o Estado carbono neutro, que desde 2015 tem delineado políticas públicas como o novilho precoce, carne orgânica do pantanal e o projeto Ilumina Pantanal, que vai levar energia elétrica por meio de placas solares a 2090 famílias moradoras na região pantaneira nos municípios de Corumbá, Ladário, Aquidauana, Porto Murtinho, Coxim, Miranda e Rio Verde. A iniciativa foi eleita o grande vencedora do Solar & Storage Live Awards 2021, em Birmingham, na Inglaterra na noite de ontem.

De acordo com o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, especialistas nacionais em questões relacionadas às mudanças climáticas que vão apresentar as oportunidades e possibilidades atuais de neutralização das emissões de carbono em áreas úmidas, especificamente o Pantanal, durante todo o evento. “Os painéis vão mostrar o que tem de pesquisa e que Mato Grosso do Sul será referencia nacional em agricultura e pecuária de baixo carbono”, adiantou.

No evento Mato Grosso do Sul assinou com o Governo Federal um protocolo de intenções para fazer estudos com a castanha de bocaiuva e cumbaru.

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