Dourados

Vereadores independentes vencem aliados de Délia presos por corrupção na Câmara

Legislativo municipal terá no biênio 2019/2020 Alan Guedes (DEM) na condição de presidente, Elias Ishy (PT) vice, Sérgio Nogueira (PSDB) 1º secretário e Daniela Hall (PSD) 2ª secretária

Vereadores independentes derrotaram aliados de Délia presos por corrupção e Alan Guedes foi eleito presidente da Câmara (Foto: André Bento) Vereadores independentes derrotaram aliados de Délia presos por corrupção e Alan Guedes foi eleito presidente da Câmara (Foto: André Bento)

Vereadores do grupo independente venceram - por 10 votos a favor, 8 contra e uma abstenção - a eleição realizada nesta quinta-feira (13) para a Mesa Diretora da Câmara de Dourados. Com a derrota dos aliados da prefeita Délia Razuk (PR) que foram presos por corrupção no início deste mês, o Legislativo municipal terá no biênio 2019/2020 Alan Guedes (DEM) na condição de presidente, Elias Ishy (PT) vice, Sérgio Nogueira (PSDB) 1º secretário e Daniela Hall (PSD) 2ª secretária. 

Essa chapa foi formada com apoio dos parlamentares Marçal Filho (PSDB), Lia Nogueira (PR), Olavo Sul (PEN), e Madson Valente (DEM). Na sessão extraordinária realizada hoje, também receberam apoio dos suplentes recém-empossados Marcelo Mourão (PRP) e Toninho Cruz (PSB).

CIFRA NEGRA

Os dois novos vereadores assumiram justamente nos lugares de Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB), respectivamente, presos no dia 5 de dezembro junto com Idenor Machado (DEM) e o ex-vereador Dirceu Longhi (PT) na Operação Cifra Negra, desencadeada por MPE-MS (Ministério Público Estadual) e Polícia Civil para combater esquema de fraudes em licitações no Palácio Jaguaribe, sede da Câmara, durante a legislatura passada, presidida por Idenor.

Aliado ao deputado estadual Zé Teixeira (DEM), Pepa era o candidato à presidência da Câmara da chapa governista, que apoia a prefeita Délia Razuk. Seu vice-presidente é Junior Rodrigues (PR), líder do governo responsável por defender os interesses da prefeitura na Câmara. Os também governistas Silas Zanata (PPS) e Cirilo Ramão (MDB) postulavam aos cargos de 1º e 2º secretários. Eles foram apoiados por Bebeto (PR), Carlito do Gás (Patriotas), Cido Medeiros (DEM), Jânio Miguel (PR), Juarez de Oliveira (MDB), e Romualdo Ramin (PDT).

JUSTIÇA

Após as prisões, a eleição da Mesa Diretora para o próximo biênio foi cancelada três vezes. Em duas sessões extraordinárias aliados da prefeita não compareceram à Câmara. Noutra sessão, ordinária, o grupo tentou colocar em votação no plenário a possibilidade de substituir nomes na chapa. Para isso, haviam conseguido uma liminar judicial expedida no domingo (9) pelo juiz Zaloar Murat Martins de Souza, que estava no Plantão do Poder Judiciário.

Contudo, essa ordem judicial obtida em mandado de segurança impetrado pelos vereadores Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PR), Júnior Rodrigues (PR), Silas Zanata (PPS) e Jânio Miguel (PR) foi derrubada na terça-feira (11) pelo juiz José Domingues Filho, titular da 6ª Vara Cível de Dourados. O magistrado destacou que o Regimento Interno do Legislativo “regula todo o procedimento eleitoral da mesa diretora da Câmara Municipal e nele inexiste a possibilidade de substituição de membros de chapa inscrita”.

VOTAÇÃO 

Devido à prisão de dois membros de uma das chapas concorrentes, a eleição da Mesa Diretora, presidida pelo vereador Marçal Filho, teve apenas as opções de votar “Sim” ou “Não” para a chapa 2, dos parlamentares independentes.

Votaram “Sim” Alan Guedes, Toninho Cruz, Daniela Hall, Elias Ishy, Madson Valente, Marçal Filho, Marcelo Mourão, Lia Nogueira, Olavo Sul, e Sérgio Nogueira. Votaram “Não” Bebeto, Silas Zanata, Cido Medeiros, Carlito do Gás, Jânio Miguel, Juarez de Oliveira, Maurício Lemes, e Junior Rodrigues. Romualdo Ramin se absteve de votar. 

 

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