Saúde

Em MS, 19 cidades bateram recorde de mortes em 2021

Levantamento feito pelo Campo Grande News indica que cidades têm níveis mais críticos da pandemia neste ano

Em Mato Grosso do Sul, profissionais funerários caminham em cemitério seguindo normas de biossegurança (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo) Em Mato Grosso do Sul, profissionais funerários caminham em cemitério seguindo normas de biossegurança (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Boletim epidemiológico publicado ontem trouxe recorde de mortes por covid-19 em Mato Grosso do Sul, com 42 vítimas fatais inseridas em 24 horas. Os menos de três meses de 2021 já contabilizaram mais de mil óbitos no Estado, sendo que 19 municípios tiveram pico de fatalidades justamente neste ano.

Especialistas e autoridades em saúde dizem que vivemos pior cenário da doença neste trimestre devido a superlotação de leitos hospitalares.

Em coletiva feita na quarta-feira, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, chegou a mencionar que leitos têm ficado disponíveis apenas quando novas pessoas são levadas pelo vírus. "As pessoas estão esperando ir a óbito para acessar o leito".

"[Há] quase 100% dos leitos ocupados em todo Mato Grosso do Sul, em todas as cidades. Estamos prestes ao colapso total na área da saúde pública. Estamos vivendo a pior tragédia sanitária e hospitalar da história do Brasil", alertou.

 

Levantamento feito pela reportagem, com base em dados do Ministério da Saúde, mostra que, em janeiro, houve recordes diários de mortes nos municípios de Sonora (2 óbitos) Maracaju (3), Jardim (4), Rio Brilhante (2), Dourados (6), Eldorado (2), Chapadão do Sul (2), Ponta Porã (4), Paranaíba (3), Figueirão, Caracol e Corumbá (6).

Em fevereiro, foi a vez de Jateí, Nova Andradina (2 óbitos), Ivinhema (3) e Batayporã (2). Apenas o mês de março registrou ápice de vítimas em Santa Rita do Pardo (1 óbito, sendo que foi o primeiro em toda a pandemia), Naviraí (4) e Novo Horizonte do Sul (2).

O ápice, até momento de publicação desta reportagem, de mortes em Campo Grande aconteceu em 24 de dezembro, com 21 vítimas registradas pela pasta federal. Apesar disso, o número inserido na terça-feira (16) foi de 20 mortes, e até então é 2º dia mais letal na Capital.

Vírus espalhado no Estado Dados indicam que fator determinante para o recorde de óbitos foi que as mortes foram confirmadas simultaneamente em 19 municípios do Estado - que também é maior quantia até hoje.

Até então, 22 de janeiro havia sido dia com vítimas de coronavírus de forma mais espalhada pelo Estado. Foram 31 mortes registradas na conta de 17 municípios.

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