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Botina no campo, grandes clientes e ótimos resultados: mulheres fazem a diferença no agronegócio

Mulheres estão fazendo cada vez mais a diferença no agronegócio - Crédito: Leonardo Frota/Revista Campo e Negócios/Reprodução Mulheres estão fazendo cada vez mais a diferença no agronegócio - Crédito: Leonardo Frota/Revista Campo e Negócios/Reprodução

Um em cada cinco empreendimentos rurais do país é administrado por mulheres, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elas já são mais de 950 mil em postos de liderança no campo e os números vêm crescendo, não apenas nas fazendas, mas nas também nas empresas dos vários segmentos do agronegócio.

Na avaliação de Andrea, os números são motivados por uma mudança geracional que está favorecendo a participação das mulheres – cuja participação, ainda pequena em carreiras do agronegócio, tem aumentado constantemente. Há cinco anos, por exemplo, eram 12% as profissionais femininas cadastradas no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea); atualmente já são 20%. A proporção se mantém quando o recorte observado é o da agronomia: são cerca de 20 mil mulheres graduadas, em um universo de aproximadamente 100 mil formados em todo o país.  

"Na sociedade atual, as profissionais ainda têm necessidade de provar seu potencial. Entretanto, esse panorama vem se modificando devido à qualidade dos resultados obtidos. E isso acontece devido à sólida formação acadêmica e pelo fato de que as mulheres estão cada vez mais apaixonadas pelo campo e pela cadeia da produção de alimentos, fibras e bioenergia como um todo.Esse cenário tem contribuído para que a sociedade compreenda que a diversidade agrega e possui um diferencial transformador.Afinal, as visões masculinas e a feminina são complementares; desta forma, devem estar equilibradas nas empresas", diz Andrea. 

Com 30 anos de experiência em diversos setores e especializada em gerenciamento de equipes pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a diretora da Orígeo avalia que o avanço da tecnologia e da inovação tem criado condições ainda melhores para a presença de mulheres em trabalhos antes vistos como masculinos.  

A Orígeo contribui para esse cenário. "Estamos bastante avançados no objetivo de atrair mais mulheres para nossa empresa.Com pouco mais de um ano de existência, já temos 33% do quadro de colaboradores compostos por mulheres.Essa motivação é uma herança da UPL e da Bunge, que levantam a bandeira da diversidade de gênero. A mão de obra masculina ainda é predominante no agronegócio, mas estamos trabalhando para incentivar a presença de mulheres e equilibrar sua participação", destaca a diretora. 

Um desafio é reter os talentos.Além de salários justos e equiparados, a formação de lideranças é um caminho fundamental.A Orígeo tem 17 mulheres em cargos de liderança e procura preparar cada vez mais a equipe para esses postos. Ela faz parte do Programa Empresa Cidadã, que amplia o período de licença-maternidade (e licença-paternidade). "A pandemia mostrou que o trabalho vai muito além dos resultados e da remuneração.Hoje, entendemos muito melhor que o ambiente e o bem-estar físico, mental e psicossocial também interferem na produtividade profissional. E nós estamos dedicados a vencer esse jogo." 

A força da mulher nas sementes 
Um tripé de características femininas no mercado de trabalho também se aplica aos próprios cultivos: resiliência, persistência e vontade são essenciais para germinar as sementes na terra e fornecer grãos para a indústria. Esses pilares estão na base da criação da Ellas Genética, a primeira marca do agronegócio que nasceu inspirada nas mulheres. A Orígeo anunciou, recentemente, parceria para comercializar com exclusividade as cultivares de soja da marca a partir da safra 2025. "Cada semente representa as mulheres que fazem a agricultura nacional prosperar e que, ao longo do tempo, fazem sua parte para consolidar o Brasil como um dos países mais relevantes no mundo no setor", assinala a diretora Andrea Helena Silva. 

 

*Por: Texto Comunicação Corporativa

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