DOURADOS

Buraco em rua segue aberto 10 dias após tragédia que custou vida em Dourados

94FM voltou ao local onde motociclista foi atropelada por carreta após cair e constatou que o buraco está crescendo

Buraco na Rua Honduras, onde motociclista morreu há 10 dias, segue aberto (Foto: 94FM) Buraco na Rua Honduras, onde motociclista morreu há 10 dias, segue aberto (Foto: 94FM)

Dez dias após o acidente que matou Sueli Alexandre da Silva, de 41 anos, atropelada por uma carreta ao cair de moto na Rua Honduras, esquina com a Rua Venezuela, no Parque das Nações I, em Dourados, o buraco que pode ter provocado a tragédia segue aberto. 

 

No dia do atropelamento, ocorrido aproximadamente às 17h de 7 de abril, uma terça-feira, testemunhas relataram à reportagem que a motociclista caiu ao tentar desviar do enorme buraco coberto pela água.

Havia chovido 35.3 milímetros na véspera, conforme o banco de dados do Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste, e as tristes imagens captadas na data do acidente mostram o calçado da vítima na poça d’água.

Nesta sexta-feira (17), passados 10 dias desde a tragédia que custou a vida de Sueli Alexandre da Silva, a reportagem da 94FM voltou ao local e constatou que o buraco continua aberto, agora seco, mas crescendo e já ocupa mais de meia pista.

INDENIZAÇÕES

Somente em 2019, o município de Dourados sofreu duas condenações que, somadas, chegam a R$ 225 mil, para indenizar famílias de vítimas de acidentes fatais ocorridos em 2017, provocados por buracos nas ruas.

No dia 2 de julho de 2019, o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) condenou o município de Dourados ao pagamento de indenização por danos morais para família de uma motociclista que morreu depois de cair num buraco na rua. Valdomira Nunes da Rocha faleceu em junho de 2017, aos 61 anos, após ficar 20 dias internada no Hospital da Vida com ferimentos causados pelo acidente no cruzamento das ruas Lídia Pereira Carneiro e Arapongas, na Vila Erondina.

Por unanimidade, os desembargadores da 2ª Câmara Cível da Corte estadual acolheram o voto do relator, desembargador Eduardo Machado Rocha, e concordaram com a indenização por dano moral, no valor de R$ 75 mil (R$ 15 mil para cada parente parte do processo), mas foram contra o pagamento de pensão mensal vitalícia ao viúvo. (relembre)

Meses depois, em 27 de novembro, o município de Dourados foi novamente condenado, dessa vez a indenizar em R$ 150 mil familiares da zeladora Sônia Rodrigues Fernandes, que morreu ao bater a cabeça contra uma árvore após desviar sua moto de um buraco na Avenida José Roberto Teixeira, no bairro Altos do Indaiá. O acidente fatal ocorreu na chuvosa manhã do dia 19 de junho de 2017 e a vítima tinha 54 anos.

A condenação foi determinada de forma unânime durante sessão de julgamento realizada pela 3ª Câmara Cível do TJ-MS. Os desembargadores Odemilson Roberto Castro Fassa e Paulo Alberto de Oliveira acompanharam o voto do relator, desembargador Amaury da Silva Kuklinski, para quem “o dano moral sofrido com o acidente restou configurado”. (saiba mais)

 

Comentários