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Cidades de MS são alvo de operação da PF contra tráfico de animais silvestres

Araras e até jacarés eram comercializados

Imagem de divulgação da primeira fase da operação (Foto: Polícia Federal) Imagem de divulgação da primeira fase da operação (Foto: Polícia Federal)

Na manhã desta sexta-feira (4), a Polícia Federal cumpre 36 mandados em várias cidades do país, entre elas Ivinhema e Novo Horizonte do Sul, contra Tráfico de Animais silvestres. Também são cumpridos mandados nos Estados de São Paulo, Goiás, Paraná e Pernambuco.

Segundo a PF, a Operação Uratau 2 é um desdobramento da primeira ação, realizada em 23 de maio de 2019. Ao todo são cumpridos 14 mandados de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão e 5 de Sequestro e apreensão de veículos automotores. As cidades alvo são Diadema (SP), São Paulo (SP), Jacareí (SP), Mongaguá (SP), Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Aparecida de Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Alagoinha (PE).

O grupo criminoso foi identificado a partir das provas colhidas na primeira fase da operação, além de outros núcleos responsáveis pela venda ilícita dos animais silvestres. Durante as investigações, foram apreendidos centenas de animais silvestres. Com isso, foram configurados os crimes de receptação dolosa qualificada, associação criminosa, crime de perigo para a vida ou saúde de outrem, caça de animais silvestres, crimes contra a fé pública e falsificação de documento particular.

Ainda segundo a PF, o grupo traficava os animais retirados da natureza por meio de caça e mantidos em cativeiro. Eram comercializadas espécies da fauna silvestre, protegidas de extinção. Alguns exemplos são Arara-canindé, Arara-azul, Arara-vermelha, Ararajuba, Jabuti-piranga, Jacaré, Macaco-prego, Sagui de tufos brancos, Saíra-pintor e Tucano-toco.

A Operação Policial contou com a cooperação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de São Paulo, Polícia Militar Ambiental do São Paulo, Polícia Militar Ambiental do Mato Grosso do Sul e o Ibama, com a mobilização de 70 policiais federais, 40 policiais militares ambientais e 25 fiscais do Ibama.

O nome da operação é uma alusão aos urutaus, aves exclusivamente noturnas e que utilizam bem a plumagem para se camuflar, confundindo-se com o ambiente, de modo a dificultar a sua localização pelos predadores.

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