A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul recomenda que os boletins epidemiológicos sobre o novo coronavírus (Covid-19) sejam detalhados. Por considerar essa “uma doença quarentenária e de relevante interesse público”, indica que a divulgação tenha dados ampliados, tabulações e informações epidemiológicas locais.

Isso foi recomendado à Secretaria Municipal de Campo Grande pelos defensores públicos estaduais Hiram Cabrita de Santana, coordenador do Núcleo de Atenção à Saúde, às Pessoas com Deficiência e aos Idosos, e Nilton Marcelo de Camargo, além da defensora pública da União, Daniele de Souza.

No site institucional, a Defensoria Pública do Estado aponta que o material de divulgação dos casos de Covid-19 “pode ser aperfeiçoado, a exemplo de outros órgãos públicos de Vigilância Epidemiológica, como a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco, municípios de Porto Alegre-RS e Campinas-SP, que apresentam seus respectivos boletins epidemiológicos com um conjunto de informações também de interesse público, tais como: divulgação de informações sobre o acompanhamento e aferição da realidade quanto à progressão, extensão, riscos da doença covid-19, estrutura e organização dos serviços de saúde e controle do estado epidêmico”.

O Dourados News consultou o boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Campinas (SP) e apurou que a publicação tem detalhamento amplo, inclusive com indicação das regiões do município com casos confirmados.

Em recente questionamento feito pela reportagem sobre os bairros ou regiões de Dourados com pacientes em quarentena por causa da doença, o médico Frederico de Oliveira Weissinger, porta-voz do Comitê de Gerenciamento de Crise instituído no município pela prefeita Délia Razuk (PTB), argumentou que seria antiético fazer essa divulgação.