Brasil

Dia do Empreendedorismo Feminino: as mulheres campo-grandenses no comando

Nesta quinta-feira (19) conversamos com empreendedoras que tiveram sonhos realizados ao ousar

Foto: Reprodução Foto: Reprodução

“Uma mulher precisa de um homem assim como um peixe precisa de uma bicicleta”. Com a frase da escritora feminista Gloria Steinem, comemoramos nesta quinta-feira (19) o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Mulheres não são mais o ‘sexo frágil’ de outrora, aliás, nunca foram. Mulheres são agora as donas dos próprios negócios. O MidiaMAIS falou com 3 delas que são exemplos de planejamento.

A data foi instituída em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar a abertura de negócios por mulheres, impulsionando o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável. A ONU entende que ao valorizar o empreendedorismo feminino, a sociedade contribui para a equidade de gêneros, reduzindo desigualdades históricas.

Se antes já existiam desafios a população feminina na hora de empreender, a pandemia trouxe inúmeros, para homens e mulheres. Contudo, foram percebidas diferenças na forma de lidar. A 4ª edição da pesquisa Impactos da Covid-19 no Comércio de MS, realizada pelo Sebrae e IPF/MS, em parceria com Sindivarejo Campo Grande, CDL Campo Grande e FCDL/MS, mostrou que no caso delas, houve mais inovação em comparação a eles.

Enquanto 39% das mulheres intensificaram o uso de plataformas on-line para comercializar produtos ou serviços, 22% dos homens implementaram esta mudança durante a pandemia. Além disso, para 90% das empreendedoras, a alteração será mantida no pós-pandemia.

O estudo também mostra que as mulheres tenderam a negociar mais valores, seja ofertando novas condições de pagamento, fornecendo descontos maiores ou renegociando dívidas anteriores. Em Mato Grosso do Sul, segundo a pesquisa, o empreendedorismo feminino é 42% do total de negócios.

Valdirene Aparecida Barbosa, criou o Hot Dog da Val, que atende na Rua Candiota, nº 91, na região do Nova Lima. A ideia surgiu através da filha mais nova, Luana. Então começaram a procurar um carrinho de cachorro-quente.

A primeira noite começou em uma quinta-feira, há duas semanas. E deu certo! Entraram nas redes sociais e bombou. Val trabalhou há 10 anos como doméstica, mas também trabalhou com eventos, aniversários, sempre com comida, ama cozinhar.

Val é mãe de 5 filhos, 4 mulheres e um homem. Duas são casadas e tem cinco netos. Mora as duas filhas mais novas e o rapaz. Todos os filhos são lutadores, guerreiros, que nem ela. Criou todos sozinha. Ajudam a mãe à noite, pois o movimento é grande. O filho é quem faz as entregas.
Sempre correu atrás dos objetivos. Mas “quando sonha ter algo próprio, tem que correr atrás. Já está sendo uma realização. Queria um negócio junto com os filhos. Trabalhei muito para os outros, está na hora de ter algo meu!”, conta.

A pandemia levou tudo a acontecer. Teve que ficar em casa, salário diminuiu, contas aumentaram… Agora com tudo voltando aos poucos “ao normal”, foi o momento de começar. “É um dom. Mexer com comida tem que gostar, não só para ganhar dinheiro”.

O Hot Dog da Val permite comer no local ou entrega em casa. Atende na Rua Candiota, nº 91, na região do Nova Lima, ou pelo telefone (67) 99178-4104.

Soraya Oliveira Costa, de 32 anos investiu na loja Divas 3G (moda plus size jovem), no Nova Campo Grande. A empresária tinha uma loja na Av. Júlio de Castilho, mas foi obrigada a fechar por conta da pandemia. Montou outra no bairro Nova Campo Grande, que irá inaugurar dia 6 de dezembro.

Nesta pandemia, se reinventou e deus asas ao empreendedorismo. Saiu do aluguel e construir local próprio. Moda com recortes mais modernos e peças mais ajustadas. “A gente que é gordinha a gente sofre um certo preconceito na hora de comprar roupa. E eu trabalho com mulheres até tamanho 60, mulheres que querem usar uma roupa mais curtinha. Tudo que as magrinhas usam eu coloquei na modelagem até tamanho 60”, conta Soraya.

Desde o começo da pandemia grava a trajetória da construção e reforma. A pandemia mostrou uma nova visão do trabalho. “Nós mulheres, se a gente correr atrás, a gente consegue, independente da situação que estamos vivendo”, ressalta a empresária.

Era corretora de imóveis para viver um sonho e está dando muito certo. Vende roupas desde 2016, mas no ramo plus size começou em 2019. Nos grupos de whatsapp das clientes, várias mensagens que mudam a vida das clientes.

A loja Divas 3G trabalha com Moda Plus Size Jovem do Tam 43 ao 60. Mais informações pelo telefone (67) 8411-2162.

A confeiteira Alexia de Oliveira começou o negócio do zero. “O ‘não’ eu já tenho, agora estou em busca do ‘sim’”, relembra a jovem de 23 anos em entrevista ao MidiaMAIS. De origem humilde, desde pequena já começou a aprender sobre as responsabilidades da vida e sempre quis trabalhar. Com a mãe, saía pelas ruas do Nova Lima vendendo amendoins para complementar a renda da casa.

Alexia faz bolos e doces caseiros para vender pelas ruas do bairro, rotina que ela chama de “paixão”. Autodidata, aprendeu sozinha observando as receitas da mãe. Começou a fazer doces aos 14 anos mas cozinha desde os 10. O empreendedorismo estava no sangue.

A pandemia a fazer perder o emprego e querer investir ainda mais no sonho. Com o dinheiro do auxílio emergencial, botou a mão na massa. Comprou 20 formas, além de uma balança simples manual e liquidificador industrial. A Fé sempre foi uma motivação.

“Pra mim não existe barreiras que não possam ser vencidas porque Deus está comigo. Só quero trabalhar honestamente para dar um futuro à altura para os meus filhos. Não sei explicar, é muito amor! É algo que faz eu querer mais, querer crescer”, conta.

Você encontra os trabalhos recentes da confeiteira da Moreninhas e pode fazer encomendas através da página do Instagram Mãos de Fada Cake, pelo Facebook, ou pelo telefone (67) 9253-3660.

O que você gostaria de ler no MidiaMAIS? Envie sua sugestão para o e-mail midiamais@midiamax.com.br, ou pelo telefone (67) 99965-7898. Siga a gente no Instagram – @midiamax

Comentários