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Em cinco meses, 15 mulheres foram vítimas de feminicídio em MS

Sentimento de posse, autonomia da mulher e a não aceitação do término do relacionamento estão entre as principais causas de feminicídio.

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Nos cinco primeiros meses deste ano, 15 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul. As informações foram repassadas pelo governo de MS nesta segunda-feira (8). 

Sentimento de posse, autonomia da mulher e a não aceitação do término do relacionamento estão entre as principais causas de feminicídio.

Conforme os dados, muitas mulheres sofrem violência doméstica e não denunciam. Algumas têm medo, vergonha ou dependem financeiramente do agressor; outras acreditam que ele pode mudar e voltar a ser o bom companheiro do início do relacionamento; em outros casos, as vítimas nem perceberam que estão vivendo uma situação de violência.

NÃO SE CALE

O governo do Estado lançou recentemente o site www.naosecale.ms.gov.br, um canal com informações sobre serviços e atendimentos, tirar dúvidas sobre procedimentos e legislações, além da possibilidade de entrar em contato para atendimento on-line. Outra opção é o canal de denúncias on-line na Delegacia Virtual: www.devir.pc.ms.gov.br/denuncia, objetivando manter a proteção integral e a repressão firme dos delitos de violência doméstica.

2019

No ano de 2019, foram feitas 96 denúncias de feminicídios em Mato Grosso do Sul. De acordo com levantamento feito pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, do Tribunal de Justiça, 26% das vítimas haviam registrado pedido de medidas protetivas contra o acusado, porém, nem todas as medidas estavam em vigor na época do crime.

Conforme o Tribunal de Justiça, 74% das vítimas de feminicídio em território sul-mato-grossense no ano passado não haviam denunciado eventuais crimes anteriores praticados pelos acusados.

Os dados relevam que, nos casos analisados, a maioria dos filhos - crianças ou adolescentes -presenciou o crime, totalizando 57% das ocorrências.

O relatório aponta que em 42% dos casos, o agressor não aceitava o fim do relacionamento, em 41%, o motivo alegado era ciúme, e outros fatores completam os 18%.

A faca foi a arma mais utilizada pelos assassinos. Depois, aparece a arma de fogo (17), asfixia (10%), facão (4%), fogo (4%), pedaço de madeira (4%) e canivete (3%).

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