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Fundação gerencia projeto de geração de renda sustentável para comunidades quilombolas e indígenas de MS

Foto: Divulgação/Fapec Foto: Divulgação/Fapec

O Projeto Agricultura Periurbana em Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul, batizado como Horta na Aldeia, é mais uma das iniciativas administradas pela Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec). Ao todo, o projeto atende 18 comunidades, envolvendo quase 3 mil famílias, além de beneficiar 14 mil pessoas.

O foco das atividades é ensinar meios e formas de geração de renda sustentável para as famílias e moradores de loteamentos dos municípios e regiões periféricas de Mato Grosso do Sul, com a construção de hortas comunitárias ecológicas, com ênfase em na produção de legumes e verduras.

O projeto também adota um modelo de produção sustentável com economia de energia, água e manejo de pragas sem uso de fertilizantes e defensivos químicos.

Para a analista de projetos da Fapec, Suzanna Félix, a proposta tem um grande impacto na sociedade pelo fato de ser desenvolvida em comunidades indígenas, quilombolas e filantrópicas, gerando trabalho e renda para as famílias.

“Nosso objetivo é dar o apoio necessário para que as atividades previstas sejam desenvolvidas dentro do cronograma proposto, com a aquisição de insumos e equipamentos, sempre buscando o melhor preço e a melhor qualidade. Atendemos as solicitações de locação de veículos e pagamento de diárias para os deslocamentos dos participantes para as cidades onde são implantadas as hortas comunitárias.”

A analista também considera que umas das características da Agricultura Periurbana é a dinamicidade, pois há a necessidade de se cumprir as solicitações que vão desde insumos a locação de veículos para as viagens às aldeias sul-mato-grossenses.

“Estamos sempre à disposição para sanar dúvidas em relação ao Sistema Conveniar e atuar em conjunto com a coordenadora do projeto, orientando sobre as questões administrativas e financeiras no decorrer da execução do projeto, a fim de garantir uma boa execução”, afirma.

Desenvolvido pela Universidade Federal do Estado (UFMS), em parceria com o Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), as ações são coordenadas pela professora e pesquisadora Vanderleia Mussi, do curso de História da UFMS, com o acompanhamento do responsável técnico e engenheiro agrônomo Altair Luiz da Silva, da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), órgão vinculado ao governo.

 A professora explica que estudos e planejamentos estão sendo realizados no intuito de acentuar ainda mais a economia de energia nas comunidades, com a implantação da energia fotovoltaica nas aldeias.

“O projeto é da comunidade, para a comunidade. Então, os participantes abraçam, protegem o projeto e logo vem a ampliação natural dele”, diz a coordenadora reforçando que é gratificante ver a expansão do projeto e de como ele ganha dimensão ao chegar nas comunidades.

Os membros do projeto, inclusive, são todos moradores de aldeias, comunidades e assentamentos das sub-regiões do Estado, como na Aldeia Água Bonita, Comunidade do Bairro Lageado, Comunidade Quilombola Tia Eva, Instituto Filantrópico do Padre Agenor e Instituto Filantrópico Frei Jonas, localizados em Campo Grande. Já em Sidrolândia são atendidas a Comunidade Aldeia 10 de maio, Aldeia Nova Tereré, Aldeia Lagoinha, Córrego do Meio e Instituto Bíblico Terena.

Em Aquidauana o projeto está instalado nas aldeias Limão Verde, Buritizinho, Água Branca, Ipegue Taunay, Colônia Nova e Lagoinha. No município vizinho Anastácio, há apenas a Comunidade Aldeinha sendo atendida, porém em Dois Irmãos do Buriti a Aldeia Barreirinho e Aldeia André fazem parte do projeto, e em Nioaque a Associação de Moradores Urbanizados e Aldeia Curichão, são atendidos também.

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