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Preso em MS, Ronnie Lessa é alvo de operação contra jogos de azar

Ronnie Lessa está no Presídio Federal de Campo Grande desde dezembro de 2020. (Foto: Arquivo) Ronnie Lessa está no Presídio Federal de Campo Grande desde dezembro de 2020. (Foto: Arquivo)

Cidades

Delegados do Rio de Janeiro também são alvo de investigação. Lessa é acusado de matar Marielle Franco

Acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-policial militar Ronnie Lessa é um dos alvos da Operação Calígula, deflagrada nesta terça-feira (10) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, contra uma rede de jogos de azar. Além dele, o contraventor Rogério de Andrade e o filho, Gustavo de Andrade, são alvos da ação. Lessa está detido no Presídio Federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Estão sendo cumpridos 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão. Conforme a investigação, 30 pessoas foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Apuração aponta que Ronnie e Rogério possuem laços antigos com o crime, conforme o MP. Em 2018, época da morte da vereadora e Anderson Gomes, eles se reaproximaram e abriram casas de apostas e bingos em vários estados brasileiros. Para isso, o MP afirma que a quadrilha “estabeleceu acertos de corrupção estáveis com agentes públicos, principalmente ligados à segurança pública, incluindo tanto agentes da Polícia Civil, quanto da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”.

Conforme as informações, até o momento, cinco pessoas foram presas, entre elas, o delegado Marcos Cipriano. Outra investigada é a delegada Adriana Belém. Na casa dela, a força-tarefa apreendeu R$ 1,2 milhão em espécie. “Nesta esfera, integrantes da quadrilha, membros da Polícia Civil, mantinham contatos permanentes com outros policiais corruptos, pactuando o pagamento de propinas em contrapartida ao favorecimento dos interesses do grupo de Rogério”, destacam os promotores.

Policiais militares também faziam parte da quadrilha, dando "elo" ao grupo criminoso, conforme o MPRJ. Eles recebiam valores para fazer vista grossa, permitindo o livre funcionamento das casas de apostas.

O MP aponta que o delegado Marcos Cipriano intermediou encontro entre Ronnie Lessa, Adriana Belém, então titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), e o inspetor Jorge Luiz Camillo Alves, braço direito de Adriana. Na reunião, acertaram a retirada em caminhões de quase 80 máquinas caça-níquel apreendidas em uma casa de apostas, mediante propina paga por Rogério.

Preso por morte de vereadora - Ronnie Lessa foi preso em março de 2019 e, desde dezembro de 2020, veio para Campo Grande, transferido do Rio do Janeiro. O ex-PM é acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, juntamente com o também ex-policial Élcio de Queiroz.

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